15/08/2017 09:41 - Administração Pública
15/08/2017 09:41 - Administração Pública
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu nesta segunda-feira (14) a redução dos gastos públicos e criticou o aumento da meta de déficit fiscal do governo. Segundo Maia, as despesas permanentes, como o gasto com a previdência social, aumentam a cada ano e impossibilitam a organização das contas do governo:
"Se nós não organizarmos as contas públicas, cada vez vai ficar mais difícil, no futuro, fechar as contas do governo. Se cada vez tiver um jeitinho, se cada vez aumenta a meta mais do que precisa, você acaba gerando um gasto desnecessário e fica parecendo que as coisas caminham bem, e a gente sabe que não caminha bem."
Maia reafirmou a necessidade da aprovação da reforma da Previdência para que o estado brasileiro não perca a capacidade de investir e de ter recursos para programas sociais. Segundo Rodrigo Maia, mesmo que o governo adote um programa de privatização, não é suficiente para cobrir o rombo da previdência, porque ele cresce cerca de R$ 50 bilhões a cada ano. Para o presidente, é importante acabar com privilégios e excessos existentes no setor público e privado que prejudicam o controle de gastos públicos:
"Daqui a pouco não vai ter mais dinheiro, os gastos para investimentos estão reduzidos e vão reduzir mais, e existem excessos no Estado com relação a servidores e empresas do setor privado que são beneficiados: ou a gente reorganiza o Estado brasileiro para que ele atenda a maioria da população ou estaremos cada vez mais um Estado que é injusto e ineficiente."
Vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP) afirmou que é importante que o governo informe a economia que será feita com a redução da meta do déficit fiscal:
"Você tem um componente econômico e político para a questão da meta. Não adianta você mudar a meta, você tem que informar à sociedade brasileira sobre a economia que vai se fazer."
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que o governo vai encontrar dificuldades no Congresso para aprovar a alteração da meta fiscal:
"A proposta de alteração da meta é um estelionato. Depois de o governo ter gastado bilhões de reais para salvar a própria pele de uma investigação criminal, ele anuncia que não tem condições de cumprir a meta."
O presidente da Câmara também voltou a afirmar a importância de se alterar a legislação penal brasileira, mas ressaltou que não basta apenas mudar a lei para que a violência acabe.
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