11/07/2017 09:54 - Política
11/07/2017 09:54 - Política
O relatório do deputado Sérvio Zveiter favorável à investigação do presidente Michel Temer foi recebido com críticas pelos líderes governistas e elogios da oposição. Vice-líder da Minoria, o deputado Paulo Teixeira, do PT paulista, chamou atenção para a "consistência" do relatório e para o fato de Temer e Zveiter serem do mesmo partido, o PMDB:
"Quero parabenizar o relator e marcar aqui que o deputado Sérgio Zveiter é do mesmo partido do senhor presidente da República. E o deputado diz que há indícios de prática de crime, com materialidade. O poder é um lugar sagrado e essa fita revela um diálogo de negócios e não um diálogo nacional, de preocupação com o país."
Já o vice-líder do PMDB, deputado Carlos Marum, criticou os argumentos de seu colega de partido e buscou relacionar a onda de denúncias à oposição:
"Quero rechaçar veementemente a manobra pusilânime da oposição que quer adiar (a discussão) e atrapalhar o Brasil com a não decisão desse processo. Dizem que querem discutir. Mas onde estão? Talvez comemorando esse nefasto relatório apresentado pelo senhor Sérgio Zveiter. Todos os casos de corrupção denunciados se referem ao governo anterior."
Vice-líder do PR, o deputado Laerte Bessa manifestou confiança na rápida derrubada do relatório de Zveiter:
"Nós vamos ganhar aqui e vamos ganhar no Plenário também porque, simplesmente, essa denúncia é imprestável. Fico triste com o relator. O senhor Sérgio Zveiter simplesmente narrou a denúncia do procurador-geral da República, o que realmente foi uma vergonha e decepção total para as nossas discussões futuras."
O deputado Alessandro Molon, da Rede do Rio de Janeiro, contestou:
"O relatório é robusto e sólido. O que alguns querem aqui é crime sem punição: é ver um presidente da República praticar crimes e ficar impune apenas porque tem ministérios, cargos e tempo, deixando o país à deriva para se preocupar, única e exclusivamente, em evitar a sua prisão. Poucos processos têm tantas provas quanto este."
O vice-líder do PSD, deputado Rogério Rosso, governista, já admite audiências públicas na CCJ antes da votação do relatório de Zveiter:
"Antes de escutar o relatório, eu me somava àqueles que entendem que não deveria se produzir provas nesta comissão. É tão sério e tão grave o momento que a gente vive. O ideal seria a oitiva de pessoas. Na medida que somos os juízes iniciais, precisamos ter, do ponto de vista jurídico-constitucional, elementos para tal."
Os líderes partidários também poderão se manifestar durante o processo de discussão do relatório, a partir de quarta-feira.
Use esse formulário para comunicar erros ou fazer sugestões sobre o novo portal da Câmara dos Deputados. Para qualquer outro assunto, utilize o Fale Conosco.
Sua mensagem foi enviada.