22/06/2017 19:27 - Ciência e Tecnologia
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Deputados que participaram nesta semana de evento do Google em São Paulo querem mais recursos para inovação e estímulo a startups. O Google comemorou o primeiro aniversário de seu Campus em São Paulo, um espaço voltado para novos empreendedores de tecnologia, as chamadas startups.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista da Economia Digital e Colaborativa, Thiago Peixoto, do PSD de Goiás, conversou com representantes das startups que cobraram uma legislação de apoio à inovação. O deputado goiano afirmou que a frente vai atuar para derrubar entraves legais e evitar que as startups deixem o país.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Internet Livre e Sem Limites, deputado JHC, do PSB de Alagoas, que também participou do evento em São Paulo, defendeu que pelo menos 3% do PIB do país seja destinado a inovação com foco na economia criativa. JHC elogiou ainda os aplicativos desenvolvidos por empresas do Campus do Google para educação.
"Nós vamos deixando esse modelo tradicional de ensino. Nossos professores de forma fácil e prática através de alguns provedores de aplicação já estão conseguindo ter acesso a esse tipo de conteúdo inovador e aí complementam as suas aulas com informações de outros lugares do planeta, inclusive, através de realidade aumentada, que por meio de óculos 3D, crianças, por exemplo, no meio da Amazônia conseguem ter acesso ao MASP ou ao Museu do Amanhã, enfim, conseguem ter contato com outras realidades".
O educador português José Pacheco, crítico do sistema tradicional de ensino, argumenta que os alunos do século XXI não podem trabalhar como no século XIX. Atualmente morando em Brasília, Pacheco conduz em torno de 100 projetos educacionais em todo país. Para ele, as competências a serem a trabalhadas com os alunos neste século são outras e nosso modelo educacional precisar ser reformulado.
"Não se pode utilizar a Internet apenas no contraturno, nem se pode utilizar a Internet só para ver páginas de redes sociais ou jogos idiotas em que não se aprende nada, ou até para degradar ainda mais o campo da moral e da ética que já estão tão degradados, mas ir a Internet para uma educação integral, ou seja, emocional, afetiva, estética e ética. Porque quando penso na Internet, eu penso na oportunidade ímpar de acesso à informação, mas devidamente controlada pelo educador, porque a educação faz-se a todo momento, em qualquer lugar, a Internet está disponível a todo momento, em todo lugar, não se faz apenas naquelas horas que se convencionou chamar-se de escola"
Pacheco avalia que as mudanças passam pela formação de professores e pelo envolvimento do Congresso Nacional na elaboração de políticas públicas.
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