25/05/2017 10:12 - Política
25/05/2017 10:12 - Política
As manifestações do lado de fora do Congresso contaminaram as votações no Plenário da Câmara. Desde o início dos trabalhos, a oposição cobrava o encerramento da sessão. Essa cobrança subiu um tom quando o presidente Michel Temer editou um decreto permitindo que as Forças armadas ocupassem a Esplanada dos Ministérios. O deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, anunciou:
"Nós, da bancada do PT, reunidos com as lideranças das demais bancadas de oposição, vamos nos retirar do Plenário, por não concordamos em levar adiante essa sessão."
O líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, reclamou do comportamento da oposição:
"Estamos em um embate que chega, às vezes, às profundezas das emoções e que se termina perdendo a razão de ser do próprio parlamento, e esse equilíbrio nós temos que ter."
A oposição abandonou o Plenário. Essa reação é o elemento chave para entender o que se desenrolou no Plenário da Câmara.
Sem a oposição, o governo votou seis medidas provisórias. A primeira delas trata das regras para a regularização de terras na Amazônia e em áreas urbanas. A segunda altera as regras para ascensão na carreira militar de policiais e bombeiros do Distrito Federal. A terceira torna permanente o programa que permite a redução da jornada e do salário em empresas em dificuldades. A quarta amplia o prazo de isenção da taxa que recai sobre o frete fluvial de transporte no Norte e Nordeste.
A quinta medida provisória legaliza a cobrança de valores diferenciados, dependendo do método de pagamento. Por exemplo, oferecendo desconto para quem paga em débito. A sexta medida provisória permite o pagamento de um bônus para os peritos do INSS; o que seria pago para aqueles que fizerem revisões de benefícios concedidos.
Com a pauta limpa, o governo já planeja outras discussões para o Plenário. O deputado Darcísio Perondi já tem uma opção: a Reforma da Previdência:
"A base está forte, mais unida, e vamos continuar conquistando votos para, em 15 dias, votar a Reforma da Previdência."
As seis medidas provisórias agora seguem para o Senado Federal
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