22/05/2017 20:01 - Política
22/05/2017 20:01 - Política
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta segunda-feira (22) que a prioridade da Câmara é votar projetos que garantam a recuperação econômica do País mesmo após a crise política envolvendo o presidente Michel Temer. Questionado por jornalistas, Maia não informou se pretende rejeitar ou manter os pedidos de impeachment de Temer sem analisá-los.
"A Câmara dos Deputados e sua presidência não serão instrumentos para desestabilização do governo. O Brasil já vive uma crise muito profunda para que esta Casa cumpra um papel de desestabilização maior"
É a primeira vez que o presidente da Câmara se pronuncia após as denúncias envolvendo a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, que controla a empresa JBS. Em um dos trechos da delação, os empresários acusam Temer de dar aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba na Operação Lava Jato.
De acordo com Rodrigo Maia, cabe ao presidente da República fazer sua defesa e cabe ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público cumprirem os seus papéis nas investigações.
"Neste momento de crise profunda, eu trabalho mais com a parte da relação entre os poderes, mais com a harmonia e menos com uma independência que pode gerar uma desestabilização. Nossa independência é para que tenhamos uma pauta, e a pauta é a pauta econômica, e o resto vamos trabalhar de forma harmônica"
Rodrigo Maia defendeu a continuidade das votações de matérias econômicas na Câmara e marcou o dia 5 de junho para o início das discussões da reforma da Previdência. De acordo com o presidente, a Casa tem um compromisso com a recuperação econômica, com a geração de emprego e com a redução da taxa de juros no País.
"Precisamos ter todas nossas energias focadas na agenda econômica, que é a agenda econômica que garante emprego e garante um desenvolvimento social para todos os brasileiros. Melhor do que a bolsa família é um emprego com carteira assinada"
O presidente anunciou ainda uma pauta de votações nesta semana como o Projeto de Lei Complementar (PLP 54/15) que regulariza incentivos fiscais dados pelos estados a empresas, e duas medidas provisórias: a MP 767/17, que aumenta as carências para concessão benefícios do segurado do INSS e a MP 766/17, que permite o abatimento de dívidas com a Receita Federal ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional de créditos tributários (recursos a receber) e prejuízos fiscais de anos anteriores.
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