18/05/2017 12:38 - Direitos Humanos
18/05/2017 12:38 - Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos realizou audiência pública para marcar o Dia Internacional Contra a LGBTIfobia. O dia 17 de maio foi escolhido para marcar a data porque foi o dia em que a Organização Mundial de Saúde retirou o homossexualismo da lista de doenças em 1990.
A procuradora federal, Deborah Duprat, informou que o Brasil é o país que mais mata transexuais e travestis no mundo e a sociedade não pode tolerar crimes que são motivados pelo que as pessoas são:
"O crime contra a população LGBT é um crime que atinge exatamente a personalidade, a essência das pessoas e isso é absolutamente inadmissível em qualquer mundo civilizado. Nenhuma pessoa pode ser atacada pelo fato de existir, então, é um dos crimes de mais gravidade que existe."
Já a secretária nacional da Aliança Nacional LGBTI, Patrícia Mannaro, alertou para a retirada da discussão de gênero dos parâmetros curriculares nacionais, o que pode aumentar ainda mais o bullying praticado contra os LGBTs dentro das escolas. Para ela, o assunto precisa ser discutido também nas escolas:
"O problema da LGBTIfobia é educacional. Enquanto nós não tivermos capacitação de professores, enquanto nós não tivermos na grade curricular obrigatória do magistério o tema diversidade, enquanto nós não tivermos uma capacitação profissional nos próprios ambientes públicos, nós vamos continuar falando de LGBTIfobia, vamos criminalizar e vai apenas criar um temor, mas não vai solucionar o problema, nosso problema realmente é educacional."
A Câmara está analisando proposta (PL7582/14) da deputada Maria do Rosário, que tipifica os crimes de ódio contra LGBTs e cria mecanismos para que eles sejam coibidos.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Paulão, do PT de Alagoas, destacou a importância do projeto para dar visibilidade a essa parcela da população:
"É importante que haja nessa Casa a tramitação e a gente terá celeridade processual de colocar na agenda, entendendo que isso contribui para evitar a discriminação numa sociedade que, no momento conjuntural, tá predominando o ódio e a intolerância."
Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, a cada 26 horas um homossexual é assassinado no Brasil.
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