30/03/2017 17:21 - Política
30/03/2017 17:21 - Política
Canadá é exemplo de inclusão de mulheres na política durante conferência sobre o tema. A vice-ministra de Relações Exteriores do Canadá, Sarah Fontain-Smith, participou de Conferência da Rede de Mulheres Parlamentares dos Países de Língua Portuguesa (nesta quinta-feira (30)), promovida pela Secretaria da Mulher da Câmara. Durante o evento, ela falou sobre as políticas canadenses para garantir direitos e o empoderamento das mulheres. Hoje, o Canadá é um dos países com mais mulheres com nível superior do mundo e tem mais que o dobro de participação feminina na política que o Brasil.
"As mulheres estão entrando cada vez mais em negócios, têm oportunidades para aspectos empresariais. Temos mulheres na política, 26% em nível federal. Mas ainda não é suficiente. Tem que ter mais participação feminina em política porque, quando mulheres estão envolvidas na política, temos política e programas que respondem às suas necessidades e interesses e também necessidades da sociedade no geral."
Representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, falou sobre a importância de mudar a cultura do brasileiro para votar em mulheres nas eleições e também citou o exemplo do Canadá como um dos mais exitosos em equidade no mundo.
"Tem um histórico de políticas públicas, de ações afirmativas, de cotas etc, que tem dado certo e esta administração canadense tem um primeiro-ministro falando (ao assumir) 'eu vou ter um gabinete paritário, porque é 2015 porque é isso que tem que ser feito'. Então, reconhecer que essa é a forma certa de ser é uma coisa muito importante. Se todos os presidentes e primeiro-ministros do mundo falassem desse jeito o mundo caminharia muito mais rápido."
Para a deputada Carmen Zanotto, do PPS de Santa Catarina, é importante debater experiências internacionais de sucesso no momento em que a Câmara analisa alternativas para aumentar a participação feminina no Legislativo.
"Conhecer outras experiências internacionais e tentar adequar a nossa realidade, que é uma realidade ainda com baixíssima participação da mulher no parlamento brasileiro. Estamos aqui, na Casa, discutindo a reforma política e todas as experiências e debates para ampliar a participação feminina são importantes, assim como experiências para a gente reduzir a violência contra a mulher no país."
Durante a conferência, a secretária de Políticas para Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes, defendeu a atualização da lei para garantir vagas para mulheres no Legislativo, em substituição a regra atual que garante pelo menos 30% de candidatos de ambos os sexos nas chapas que concorrem às eleições.
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