20/01/2017 09:00 - Educação
20/01/2017 09:00 - Educação
Depois de o teto dos gastos públicos ter sido aprovado pelo Congresso e com recursos para a área congelados até 2023, a Frente Parlamentar da Educação quer garantir qualidade nos investimentos.
O coordenador da frente, deputado Alex Canziani, do PTB do Paraná, pretende se dedicar, por exemplo, à formação dos professores.
"De que maneira as melhores experiências do mundo se aplicam ao Brasil para que nós possamos ter melhores professores no nosso país. Acho importante viabilizar mais recursos, mas também o foco que temos dado é na qualidade do gasto desse dinheiro: fazer mais com menos recursos ou com os mesmos recursos para melhorar a educação no nosso país".
No ano passado, a Comissão de Educação da Câmara promoveu seminário internacional para avaliar experiências de sucesso. Uma delas foi o programa "Descoberta". Pesquisa desenvolvida há três anos, em escolas públicas e particulares de todo país, que elabora diagnósticos, identificando pontos fracos dos professores, e em seguida oferecendo capacitação de acordo com as necessidades. A metodologia foi testada nos Estados Unidos com mais de três mil docentes.
De acordo com coordenadora da pesquisa, Márcia Sebastiani, bons professores são os que elevam o desempenho dos alunos, são aqueles cujos alunos realmente aprendem. Um dos métodos de avaliação, ela explica, é justamente ouvir os estudantes.
"Os alunos sabem melhor do que qualquer um quem são seus bons professores. São perguntas que não dependem de o aluno ter um conhecimento específico. São perguntas que fazem a ele da prática dele: ‘se o meu professor se preocupa comigo’; ‘se ele sabe quando eu preciso de ajuda’; ‘se meu professor corrige minhas lições de casa’. Um dos fatores mais fortes de correlação com ganho de aprendizagem tem sido a correção de lição de casa. Coisas tão simples quanto isso".
A emenda constitucional do teto dos gastos públicos determina que a partir do ano que vem os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada no ano anterior. O índice a ser usado em 2018 será a inflação medida entre julho de 2016 e junho de 2017. A regra afeta as despesas primárias, como a Educação, que antes era vinculada a 18% da receita de impostos federais.
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