14/12/2016 21:19 - Comunicação
14/12/2016 21:19 - Comunicação
O ex-diretor da TV da Organização das Nações Unidas (ONU) Chaim Litewski defendeu nesta quarta-feira (14) a necessidade de se garantir a transparência na comunicação pública a partir do acesso a discussões e decisões tomadas em centros de poder, como a própria ONU ou o legislativo.
“O caminho é a abertura de portas. Já que as pessoas não podem ir à ONU, ao Congresso Nacional, nós temos de ir a elas. Como é que isso se dá? Basicamente, você tendo acesso audiovisual ao que ocorre de uma maneira global dentro dessas instituições. Você tem de tentar acompanhar de alguma maneira e contextualizar esse processo decisório e de que maneira esse processo decisório vai influenciar na vida das pessoas."
O ex-diretor da emissora das Nações Unidas falou no primeiro dia do seminário internacional "Comunicação e Participação Social na Esfera Pública em Tempos de Cidadão Digital". O evento, que continua nesta quinta-feira (15), é promovido pela Secretaria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados (Secom).
Os dilemas e as dificuldades vividos pela ONU e pela Câmara são parecidos, na opinião de Litewski. Segundo ele, poucas pessoas conhecem os mecanismos de funcionamento das instituições, e existe um distanciamento entre as discussões e decisões e a realidade das populações.
A forma encontrada para estreitar a relação da ONU com o público interessado nos temas em debate foi enfatizar o impacto na vida das pessoas do que era discutido na sede de Nova York.
As reportagens da TV ONU fora da sede evitavam discursos de especialistas, políticos e autoridades que, de acordo com Litewski, naturalmente já têm voz nos meios de comunicação tradicionais.
Para a diretora-executiva da Secom, Gisele Rodrigues, a fala de Litewski ajudou a compreender melhor dificuldades e desafios comuns da ONU e da Câmara.
"Foi muito gratificante poder receber o diretor da TV ONU durante mais de 20 anos. Ouvir o testemunho dele, saber que eles têm dificuldades como nós temos, desafios como nós temos em relação à transparência da comunicação e ao respeito às instituições, às rotinas próprias do funcionamento de uma instituição do porte da ONU."
O desafio atual, para Giselle Rodrigues, é saber como usar essa transparência a favor de uma interação maior, de uma participação maior das pessoas no processo legislativo.
O objetivo do seminário "Comunicação e Participação Social na Esfera Pública em Tempos de Cidadão Digital" é a troca de experiências sobre iniciativas de comunicação e participação popular que tornaram efetiva a integração entre a sociedade e órgãos públicos.
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