12/12/2016 20:18 - Saúde
12/12/2016 20:18 - Saúde
A Comissão de Seguridade Social da Câmara realizou audiência pública nesta segunda-feira para discutir com especialistas formas de controle dos riscos de doenças cardiovasculares.
Para o cardiologista Andrei Sposito, é preciso investir em prevenção para que o orçamento da saúde consiga atender a todas as pessoas.
"A prevenção custa cinco a dez vezes mais barato que o tratamento e é muito mais eficaz. Os tratamentos vão ficando mais complexos na medida que a doença evolui e a gente gastando muito mais atinge um resultado muito inferior. As pessoas ficam sequeladas, com limitações, com diminuição da capacidade produtiva e redução da expectativa de vida."
O Instituto Lado a Lado desenvolve desde 2014 a campanha Siga seu Coração com o objetivo de alertar a população para os problemas cardiovasculares responsáveis por 30 % do número de mortes no Brasil.
A presidente do Instituto, Marlene Oliveira, explicou que é preciso mudar o foco da saúde no Brasil do tratamento para a prevenção.
"E têm mudanças de hábitos muito simples que podem ajudar o cidadão a evitar uma doença cardiovascular. Então é o paciente começar a introduzir hábitos saudáveis, mudar a alimentação, acabar com o sedentarismo."
O autor do requerimento para a realização da audiência pública, deputado Alexandre Serfiotis, do PMDB do Rio de Janeiro, destacou que no caso das doenças cardiovasculares é preciso investir em educação e prevenção para não sobrecarregar o SUS com gastos de alta complexidade.
"Que esse paciente amanhã não desenvolva insuficiência renal, com que esse paciente amanhã não tenha uma complicação vascular de amputação do paciente diabético. Então, de fato, a prevenção hoje é uma realidade que a gente precisa trabalhar e intensificar porque o custo da prevenção é inferior ao tratamento lá na ponta na alta complexidade. Então é preciso que campanhas de prevenção sejam intensificadas."
As doenças cardiovasculares têm componentes genéticos que não podem ser mudados, como idade, sexo ou história de doença cardíaca na família. Mas outros fatores podem ser eliminados ou corrigidos como o hábito de fumar, a alimentação inadequada, a obesidade, a falta de exercícios físicos, o colesterol alterado, o diabetes e a pressão alta.
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