24/11/2016 20:32 - Agropecuária
24/11/2016 20:32 - Agropecuária
A Comissão de Agricultura da Câmara realizou audiência pública nesta quinta-feira para discutir formas de aumentar o consumo dos derivados de arroz no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, o arroz está entre os cereais mais consumidos do mundo, e o Brasil é o nono maior produtor mundial, com uma safra de 11 milhões de toneladas em 2010. Mesmo diante desses números o consumo de produtos de arroz como farinhas e bolachas ainda é pequeno.
Para o secretário nacional de segurança alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha, os produtos de arroz devem ser incluídos na compra a ser realizada pelo governo.
A representante da Associação Brasileira da Indústria do Arroz, Andressa Silva, concorda que é preciso intervenção do governo para alavancar a indústria dos derivados de arroz.
"A demanda pelo produto derivado tem que surgir pelo poder público como essa iniciativa de tentar inserir na cesta básica e em programas da merenda escolar e também tem que haver um incentivo, um estímulo por parte dos supermercados."
O deputado Alceu Moreira, do PMDB do Rio Grande do Sul, afirmou que a ampliação do mercado para os produtos derivados do arroz pode garantir emprego para uma parcela dos desempregados do país.
"Os derivados do arroz têm uma lógica de consumo que está fora da nossa cultura. Então, a prateleira do supermercado não está disponível para nós ainda. Então desde o beneficiamento do arroz até ocupar uma prateleira do supermercado há uma longa caminhada a ser feita. Mas, se nós conseguirmos estruturar nosso modelo de produção pelas compras públicas, o que assegura viabilidade econômica para o empreendimento, nós certamente teremos um bom começo."
Os produtos de arroz são muito utilizados por pessoas com intolerância ao glúten ou portadores de doença celíaca que não podem se alimentar com derivados de trigo.
Segundo dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, dois milhões de brasileiros têm a doença, que só pode ser tratada com a completa retirada do glúten da alimentação.
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