09/11/2016 21:15 - Política
09/11/2016 21:15 - Política
O deputado Jair Bolsonaro, do PSC fluminense, afirmou, nesta quarta-feira, que a cusparada do deputado Jean Wyllys, do Psol também do Rio de Janeiro, em sua direção não foi um ato impensado. Já o deputado Luiz Sérgio, do PT do Rio de Janeiro, afirmou que Wyllys sofreu um "corredor polonês" ao se aproximar para anunciar seu voto na sessão de admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril.
Segundo Bolsonaro, Jean Wyllys afirmou em rede social que voltaria a cuspir nele outras vezes, o que comprovaria a intenção.
“Se comportar dessa maneira e depois se gabar desse ato aí a decisão fica com os senhores integrantes do Conselho se tem alguma providência ou não.”
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar continua a ouvir depoimentos sobre a representação apresentada pela Mesa Diretora da Câmara, que acusa Jean Wyllys de ferir o decoro parlamentar ao cuspir na direção do deputado Jair Bolsonaro. Mais testemunhas serão ouvidas a partir do dia 22.
Segundo Bolsonaro, as desavenças dele contra Jean Wyllys são de temas e posicionamentos apenas.
Luiz Sérgio afirmou que, por estar próximo de Jean Wyllys durante a votação da admissibilidade do impeachment, teria ouvido provocações feitas por Bolsonaro.
“Quando o deputado Jean Wyllys se dirigia para proferir seu voto, ele foi provocado com expressões do tipo "tchau querida", mas expressões do tipo "agora vai o que queima a rosca, vai a bichinha". Essas expressões, eu que estava muito próximo, ouvi.”
Segundo Luiz Sérgio, a ação de Jean Wyllys foi uma reação a uma provocação. Ele enfatizou que Jean Wyllys também foi alvo de cusparada durante a votação.
Já Bolsonaro afirmou que não falou nada pejorativo contra Jean Wyllys.
“Eu lamento as palavras do Luiz Sérgio. Não é naquele momento, em momento nenhum. Nunca me referi a ele dessa forma. Minha briga sempre foi no campo das ideias.
Bolsonaro disse que pedirá renúncia de seu mandato se aparecer em algum vídeo em que ele xingue o deputado Jean Wyllys.”
Outro parecer envolvendo o deputado Bolsonaro foi arquivado nesta quarta-feira pelo Conselho, por 11 votos a 1. O Conselho rejeitou o parecer deputado Odorico Monteiro, do Pros do Ceará, pela admissibilidade da representação do Partido Verde. O partido acusou Bolsonaro de "apologia ao crime de tortura" durante a mesma votação de impeachment. Na ocasião, Bolsonaro, ao proferir seu voto, homenageou o coronel do Exército Carlos Brilhante Ustra. Morto em 2015, Ustra era alvo de uma série de acusações de tortura durante a ditadura militar.
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