Radioagência

Ministro do Esporte defende a necessidade de unir esporte e educação para aumentar o incentivo à prática esportiva. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participou de audiência pública da Comissão do Esporte, na Câmara, que debateu ações do próprio Ministério do Esporte após os Jogos Olímpicos, referentes aos programas de incentivo às práticas esportivas já existentes.

Picciani afirmou que o principal legado dos Jogos Olímpicos é a mudança na visão do País em relação ao esporte.

"Um dos principais legados, se não o principal legado, que os Jogos Olímpicos e todos os eventos que sediamos no Brasil nos últimos anos tenha nos dado foi, sobretudo, a inspiração para que as pessoas pratiquem o esporte, vivam o esporte, acompanhem o esporte, mas, sobretudo, entendam o esporte como uma política pública de primeira grandeza, uma política pública fundamental para a vida das pessoas, fundamental para o desenvolvimento humano e fundamental para a economia".

Leonardo Picciani disse que o esporte é um complemento da educação e que as duas áreas devem andar juntas.

"Nós queremos integrar todos os nossos programas, os programas de iniciação ao esporte, os programas sociais, os programas escolares, e os programas de alto rendimento. Não existe esporte de alto rendimento se não tiver base, mas o alto rendimento também é fundamental para a base porque são, justamente, os ídolos que inspiram os jovens e as crianças a quererem praticar o esporte, quererem praticar aquela modalidade. Então, um alimenta o outro".

A deputada Flávia Morais, do PDT de Goiás, pediu o apoio do ministro para defender a obrigatoriedade da educação física nas escolas. Segundo ela, o esporte é um fator motivacional no ensino médio e, por isso, deve ser alterado e mantido nas instituições de ensino.

"Hoje é obrigatório e a gente quase não tem estrutura, imagina se tirar a obrigatoriedade da oferta da educação física no ensino médio, nós vamos enterrar de vez. Então, a participação do aluno é opcional, mas a escola é obrigada a oferecer, tem que oferecer, nós não podemos ter essa perda. Nós estamos indo na contramão. Um dos objetivos é motivar para que o aluno queira ir para escola diante do alto índice de evasão que nós temos hoje no nosso país, mas tirar a educação física é ir na contramão disso".

Em relação aos programas já existentes, o ministro Leonardo Picciani adiantou que o Bolsa Atleta continuará, mas sofrerá alterações, com programas cada vez mais específicos para cada modalidade, por exemplo.