27/09/2016 19:43 - Política
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As eleições deste ano mostram uma mudança na configuração dos partidos concorrentes em relação à última eleição municipal (2012).
O PT, que em 2012 foi o segundo partido em número de candidatos a prefeito, caiu, nesta eleição, para o sexto lugar. Foram mais de 1.700 candidaturas há quatro anos contra pouco menos de 1.000 no pleito atual, uma queda de 44%. O partido, no entanto, é o segundo em número de candidatos nas capitais.
Segundo a vice-líder do PT, deputada Erika Kokay, do DF, a diminuição faz parte de uma tática eleitoral para consolidar uma aliança dos diferentes partidos de esquerda.
"A tática eleitoral, ela vem dentro de uma perspectiva de reforçar e consolidar a unidade das esquerdas. Mas o PT tem tido posição, na esmagadora maioria das unidades no processo eleitoral e na capital. O PT tem tido posição nas disputas eleitorais pelas prefeituras de capitais o PT ou está disputando, de forma muito intensa, ou está participando do processo eleitoral.”
Kokay afirmou que a crítica de que o partido teria diminuído ignora a luta em defesa da democracia, da igualdade e pelos direitos representada pelo PT e por outras legendas de esquerda.
"Muitos acham que o Partido dos Trabalhadores está, enfim, acabado. Dizem que conseguiram acabar com o PT. Mas já achavam isso em outras ocasiões. Em 2005 também diziam isso, que o PT teria acabado. E o PT continua, porque há uma necessidade no país e, obviamente. isso não é representado só pelo PT, mas por outros partidos de esquerda, e por isso é importante essa unidade democrática, mas o Brasil continua precisando de igualdade social."
O PMDB, que tradicionalmente é o partido com maior número de candidatos a prefeito, manteve a posição. São pouco mais de 2.000 candidatos este ano, número 25% superior ao segundo lugar, o PSDB, que tem cerca de 1.700 partidários disputando prefeituras.
O PSDB, aliás, assumiu a segunda posição antes ocupada pelo PT. Para este pleito, os tucanos têm 8% mais de candidatos em relação a 2012.
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