20/07/2016 13:40 - Política
20/07/2016 13:40 - Política
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros, anunciaram nesta terça-feira a disposição de votar uma agenda de consenso das duas Casas e do governo, com o objetivo de enfrentar a crise econômica do País.
Rodrigo Maia e Renan foram convidados pelo presidente interino Michel Temer para um jantar no Palácio do Jaburu. Na saída, ressaltaram que não há mais clima de animosidade entre a Câmara e o Senado, que impedia a votação de uma pauta consensual.
O presidente da Câmara disse que essa disposição de trabalhar em conjunto foi o aspecto mais importante da reunião.
"O mais importante não é a construção de uma pauta hoje, mas a construção de um consenso de que nós vamos trabalhar em conjunto. É o que não vinha acontecendo há muitos meses na relação da Câmara com o Senado."
Rodrigo Maia disse também que será possível realizar votações no segundo semestre, apesar da campanha eleitoral:
"Cada um tem que fazer um sacrifício, acho que vai ter semana que a gente vai conseguir organizar a pauta em três dias, quando chegar mais perto da eleição talvez dois dias. O importante é que a gente possa produzir. Ter uma pauta consensuada entre governo e oposição, entre Câmara e Senado, e acho que cada um tem que entender que o momento do Brasil hoje é diferente do que foi há dois, quatro, seis anos atrás. Nós vivemos uma crise profunda e precisamos ajudar o Brasil a superar este momento."
O presidente do Senado disse que Michel Temer está animado com a disposição do Legislativo em colaborar com o governo.
"Ele está muito animado sobretudo pela certeza de que o País contará com a colaboração tanto da Câmara quanto do Senado. O país vive este bom momento, acho que isso tranquiliza a sociedade, que cobrou bastante que isso acontecesse, é um bom relacionamento entre a Câmara, o Senado e o próprio governo".
Renan disse também que a prioridade do Senado na volta do recesso será a votação da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União, a DRU. Essa emenda constitucional permitirá ao governo usar livremente ate 30% da arrecadação federal.
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