29/03/2016 21:56 - Segurança
Radioagência
Especialistas apostam na integração das polícias para garantir a segurança nas Olimpíadas
Especialistas em segurança afirmam que a chave para o sucesso da segurança nas Olimpíadas será a integração das polícias. A segurança cibernética dos jogos olímpicos Rio 2016 foi assunto de seminário da Comissão dos Crimes Cibernéticos nesta terça-feira (29).
A comissão tem se preocupado muito mais com esse assunto por causa atentados praticados pelo grupo terrorista Estado Islâmico recentemente na Bélgica e na França no ano passado. O receio é de que esses grupos pratiquem atos no Brasil durante os jogos. As Olimpíadas de Londres tiveram mais de quatro bilhões de espectadores. Para o autor do requerimento, o deputado Silas Freire, do PR do Piauí, é preciso se manter alerta.
"As Olimpíadas representam diversos riscos de segurança. Eu cito os protestos, protestos contra o governo brasileiro, contra entidades de organização, principalmente pela computação. Já há informação de que terroristas mundiais poderiam estar tentando captar brasileiros, jovens brasileiros, para não só ataques cibernéticos como também através da internet a formação do exército ter ataques físicos. A gente sabe que essas pessoas são sem limites. A gente imagina que o que a gente viu na Alemanha, a gente viu o que aconteceu na França e não vai acontecer com o país? É esse susto que a gente tem que continuar pensando: pode acontecer com a gente aqui também."
O representante do Ministério da Justiça no seminário, William Murad, afirmou que será importante criar parcerias com entidades de segurança estrangeira. Ele é diretor de inteligência da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos e disse que o Ministério já está coordenando uma série de planos de prevenção de crimes.
"Vem sendo finalizado um plano operacional e seus protocolos de ação integrada em relação ao policiamento ostensivo, policiamento de portos e aeroportos, policiamento das instalações olímpicas, policiamento de áreas impactadas como regiões turísticas, principalmente da cidade do Rio de Janeiro. O plano prevê o detalhamento de cada uma dessas atividades."
Na opinião do delegado da diretoria executiva da Polícia Federal, Elmiz Junior, a lei que tipifica o crime de terrorismo (Lei 13260/16), sancionada em março, facilita as operações durante os jogos olímpicos.
"Uma mochila esquecida em um saguão do aeroporto, que pode ser nada, de uma hora para outra ela pode, após investigação policial, ser caracterizada como uma bomba, um terrorismo. E o inverso também: uma possível mochila no embarque de uma seleção, que causa grande preocupação, após investigação, pode ser só uma mochila esquecida. Então essa lei nos traz a capacidade de investigar de maneira concreta utilizando todas as medidas que a autoridade policial tem para poder caracterizar uma investigação como é a de crime organizado, para caracterizar se é terrorismo ou não."
A CPI dos Crimes Cibernéticos deve voltar a se reunir nesta quinta-feira para finalizar os trabalhos e votar o parecer.