02/03/2016 17:20 - Saúde
02/03/2016 17:20 - Saúde
Deputados federais querem envolver parlamentares estaduais e vereadores de todo o Brasil no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika, da dengue e da febre chikungunya. Uma rede parlamentar nacional contra o zika, vírus relacionado à microcefalia em recém-nascidos, foi lançada nesta quarta-feira (2), na Câmara dos Deputados, juntamente com a Frente Parlamentar da Dengue e Incorporação Tecnológica no Enfrentamento das Arboviroses.
A frente tem 220 parlamentares. O evento de lançamento contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro, além de representantes de órgãos governamentais, laboratórios, institutos de pesquisa, conselhos e entidades municipais e estaduais.
Presidente da frente, o deputado Odorico Monteiro, do PT do Ceará, ressaltou que um dos desafios é a inovação tecnológica no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
"Nós sabemos que muitas situações hoje relacionadas à zika, chikungunya ou dengue estão no limite da ciência, desde o desenvolvimento de diagnóstico, a estruturação de causa e os sintomas e deficiências, no caso da microcefalia, até a incorporação de vacinas."
Outro desafio seria a criação de uma rede de proteção social para as crianças com microcefalia, que vão precisar de suporte do Estado por toda a vida, e também para as mães que deixam de trabalhar para cuidar dessas crianças.
O ministro Marcelo Castro elogiou a mobilização na Câmara e reiterou ser essencial envolver toda a sociedade no combate ao mosquito, uma vez que mais de 2/3 dos criadouros estão dentro das residências brasileiras.
"O que nós estamos pedindo é o sábado da faxina. O que queremos simbolizar com isso? Que um dia determinado da semana, que seja sábado, domingo, qualquer dia da semana, mas que seja escolhido um dia para cada pessoa fazer a sua inspeção na sua residência para eliminar os criadouros do mosquito. Quanto tempo se gasta nisso? Em média, 15 minutos."
Durante o lançamento da frente, diversos deputados defenderam a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 1/15) que aumenta o valor mínimo aplicado anualmente pela União na saúde pública. O governo é contra porque o texto vincula recursos em momento de economia de gastos.
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