25/11/2015 20:09 - Segurança
25/11/2015 20:09 - Segurança
No ano de 2013, o Brasil registrou mais de 4.700 mortes de mulheres, o que representa algo como 13 homicídios diários. A situação é ainda pior para mulheres negras. O número de homicídios contra esse grupo mais que dobrou nos últimos dez anos.
Quanto às agressões, 31% acontecem na rua, mas o ambiente residencial ficou pouco atrás, com 27% das ocorrências. E os agressores são, principalmente, pessoas conhecidas, e grande parte parceiros e ex-parceiros dessas mulheres.
Os dados do Mapa da Violência 2015 foram apresentados em seminário pelo coordenador da pesquisa, o sociólogo Júlio Jacobo, como parte da programação da campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que começou esta semana.
O evento é promovido pela Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, pela bancada feminina do Congresso e pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres, da Presidência da República.
Jacobo afirmou que o problema do Brasil está na aplicação e na efetivação das leis, já que mesmo após a criação de uma lei como a Maria da Penha (11.340/06), por exemplo, os crimes continuaram aumentando. Na visão dele, o assunto tem de ser tratado como prioritário.
"O contingenciamento que se tem nesse momento no orçamento, principalmente para violência e para a Justiça, está tornando crítica a situação. Basicamente implementando uma série de reformas inconclusas, que estão, inclusive, tramitando há muitos anos no Congresso. Reforma do Código de Processo Penal, reforma do sistema penitenciário, reforma da polícia. Tudo isso que se vem discutindo há muito tempo e não se implementa."
A Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher lançou um blog, que além de divulgar as atividades do grupo no Congresso, é também um meio de combate à violência e de luta contra a discriminação racial. A deputada Elcione Barbalho, do PMDB do Pará, e procuradora da Mulher na Câmara, falou sobre criação de medidas educativas.
"Nós estamos fazendo uma programação agora para criar, em todo o Brasil, novamente, vamos reiniciar esse trabalho para que a gente possa levar para dentro da escola essa nossa proposta de criar essa concepção para criança."
As atividades da campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres" continuam na quinta-feira (26) com o debate sobre descumprimento de medidas protetivas de urgência na Lei Maria da Penha.
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