25/11/2015 19:19 - Política
25/11/2015 19:19 - Política
A prisão, nesta quarta-feira, do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT/MS), repercutiu entre os deputados.
Líder do Democratas, o deputado Mendonça Filho (PE) destacou que a prisão de um senador durante o exercício do mandato é inédita na história da república.
"Eu não quero aqui julgar o senador, mas é um fato gravíssimo. As alegações são ainda mais graves, ele estava planejando fuga de delator, mesada para o delator. Então, quer dizer, é uma trama que nem filme policial tem condição de definir. Aqui, faz inveja aos roteiros de Hollywood."
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT/CE), disse que o imperativo para o Planalto é votar as matérias relacionadas à revisão da meta fiscal, mas admitiu que a prisão do senador o deixou abalado.
"A gente não pode deixar de estar abalado, até porque é um amigo, é um senador atuante e todo mundo fica (se perguntando) o que fazer agora? Então, é um fato importante, inusitado e, evidentemente, vamos aguardar o que o Senado poderá fazer."
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, destacou que a prisão do senador Delcídio do Amaral não foi o motivo do cancelamento da sessão de votações do Plenário da Câmara. Segundo ele, a sessão acabaria sendo encerrada por conta da falta de consenso em torno de uma proposta que tranca a pauta: o projeto (PL 3123/15) que fixa novas normas para o cálculo do teto de remuneração do servidor público e dos agentes políticos.
"Independentemente da confusão, nós temos um problema de natureza de trancamento do teto, o qual o governo não quer votar o texto que está aí e não tem consenso para votar. Vai ter que se entender, não sei nem se vai resolver até amanhã em função disso. Então, independentemente do que aconteceu lá (no Senado), nós não iríamos votar em função de não ter sido acertado o texto do teto. Deixar isso claro para não parecer que a Casa vai parar ou está parando por causa disso. Nós iríamos chegar ali, ia ter uma retirada de pauta pelo próprio governo e a votação seria encerrada. Não vale a pena a confusão do jeito que está e eu cancelei a sessão por causa disso."
Eduardo Cunha não quis comentar a prisão do senador. Ele disse que não tem conhecimento do processo e lembrou que cabe ao Senado receber e analisar as informações do Supremo Tribunal Federal para depois decidir o que fazer em relação ao caso.
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