13/10/2015 19:11 - Política
13/10/2015 19:11 - Política
O Psol e a Rede Sustentabilidade apresentaram nesta terça-feira (13) representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados com pedido de cassação do mandato do deputado e presidente da Casa, Eduardo Cunha, por quebra de decoro parlamentar.
Além dos presidentes do Psol e da Rede, 46 parlamentares de forma individual de outros cinco partidos assinaram o documento.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que as acusações contra Cunha são graves e que sua situação é insustentável.
"Configura quebra de decoro parlamentar por mentir à CPI e receber ilegalmente recursos, derivados de propinas no escândalo da Petrobras. Acho que as acusações feitas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e tudo o que já foi divulgado nas delações premiadas configuram um quadro bastante grave, não há como sair. A situação do presidente da Casa é insustentável. Hoje, inclusive, ele não deveria de forma nenhuma dirigir as sessões da Câmara dos Deputados, ele não tem mais as condições políticas e morais de presidir a Câmara dos Deputados."
O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), disse que o partido só assinou a representação quando houve a certeza de que há fatos que contradizem o que o presidente disse na CPI da Petrobras.
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, do PSD baiano, informou que o prazo total para o conselho apreciar a denúncia e votar no colegiado é de 90 dias.
"A representação é um caso grave, mas o Conselho tem 90 dias para fazer as apurações, ouvir as pessoas, interrogatórios, ouvir a parte para exercer o direito de defesa. Eduardo Cunha é o presidente da Casa, mas do Conselho, eu sou o presidente. O Conselho é independente, ele age independe da Câmara."
O presidente Eduardo Cunha disse que está tranquilo com relação ao pedido do Psol e da Rede.
"Como eu me sinto? Quando houve a instauração do inquérito, o Psol pediu meu afastamento. Quando houve o depoimento de delator, o Psol pediu meu afastamento. Quando houve pedido de denúncia, o Psol pediu meu afastamento, então por que não pediria agora? Isso é política, são meus adversários políticos, isso é normal. Tenho absoluta tranquilidade, farei a defesa que tiver que fazer."
Eduardo Cunha também informou que rejeitou nesta terça-feira mais cinco pedidos de impeachment da presidente Dilma e que irá aguardar o aditamento proposto pela oposição para decidir sobre o pedido dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior. Cunha não informou quando pretende tomar a decisão.
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