15/09/2015 21:28 - Segurança
Radioagência
Responsáveis pela segurança das Olimpíadas garantem que jogos terão ambiente pacífico
Responsáveis pela segurança das Olimpíadas e Paralimpíadas garantem, na Câmara, que os Jogos Rio 2016 serão disputados em "ambiente pacífico e seguro". O tema foi debatido, nesta terça-feira, em audiência pública da Comissão do Esporte com a cúpula da segurança pública para os jogos olímpicos e paralímpicos. Quase 50 mil agentes - entre policiais federais, civis e militares, além de bombeiros - estarão mobilizados na proteção dos atletas de mais de 200 países, além de turistas, voluntários e profissionais diretamente envolvidos com os jogos. O secretário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, enfatizou que o trabalho é integrado e cumpre rigorosamente o cronograma planejado. A base está nos centros integrados de controle e comando, já usados na Copa do Mundo de 2014.
"A estrutura está posta. Investimentos em equipamentos e capacitação são realizados pelos três níveis de governo. E, com isso, nós vamos chegar a uma operação integrada de segurança pública, cumprindo todos os requisitos e trazendo, efetivamente, um ambiente pacífico e seguro para os jogos".
O esquema de segurança vem sendo previamente avaliado ao longo dos 44 eventos-testes que vão acontecer até as vésperas das Olimpíadas, que começam em agosto de 2016. O diretor do departamento de integração da Agência Brasileira de Inteligência, Saulo da Cunha, citou algumas das áreas de atenção especial da Abin.
"Na questão da segurança internacional, nós estamos acompanhando eventuais possibilidades de atos de sabotagem, ações de extremistas, questões terroristas. Na segurança da saúde, epidemias. Quanto à segurança da sociedade, a questão de mobilizações sociais que possam afetar a operação do evento: sempre com ênfase na operação do evento, como distúrbios e bloqueios de rua".
Ex-diretor geral da Polícia Federal, o atual diretor de segurança do comitê organizador dos Jogos Rio 2016, Luiz Fernando Corrêa, afirmou que o desafio é garantir o mesmo nível de segurança em todos os espaços de competição. Já o representante da secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Alzir Chaves, citou investimentos de R$ 772 milhões, entre 2011 e 2015, para viabilizar a ideia de que "cidade segura equivale a evento seguro". Um dos autores do pedido de audiência pública, o deputado João Derly, do PC do B gaúcho, também pediu atenção para que esse investimento deixe um legado de segurança efetivo para a população.
"Acho que o legado da segurança é muito importante. Tivemos uma Copa do Mundo, há pouco tempo no Brasil. Avançamos em algumas tecnologias e no plano integrado de segurança. Mas esse legado poderia ter sido bem mais proveitoso. E preciso saber se vamos conseguir fazer esse legado permanecer após os jogos olímpicos".
A segurança para os Jogos Rio 2016 também abrange as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus, que vão sediar competições do futebol.