28/07/2015 19:40 - Saúde
Radioagência
Câmara participa do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
Quem passou esta semana pelo Congresso Nacional, durante a noite, reparou que a Casa do legislativo brasileiro está iluminada de amarelo. Até a próxima sexta-feira é assim que estará o Congresso, para celebrar o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado no dia 28 de julho.
A data foi instituída, em 2010, pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e tem como objetivos chamar atenção para o tema e aumentar a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, da vacinação e do tratamento dessas doenças.
A Câmara dos Deputados aderiu à iniciativa e promove, entre os dias 28 de julho e 7 de agosto, ações de esclarecimento da população sobre os aspectos que envolvem as hepatites virais. Além de serem alertados sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento dessas doenças, funcionários e visitantes que passarem pelo Espaço Mario Covas terão a oportunidade de tomar a vacina contra a hepatite B.
A diretora da Coordenação de Enfermagem do Departamento Médico da Câmara dos Deputados, Idenise Carvalho, conta que o ministério da Saúde enviou mil doses para a Casa, mas ela espera que esse número seja ainda maior.
"Queremos que esse número não seja suficiente e sim que seja necessário o aumento do nosso estoque. Nossa intenção é realmente estimular as pessoas a participarem dessa campanha, se prevenindo contra a hepatite B, vindo aqui para se vacinar e que as doses sejam realmente todas utilizadas. Caso necessário, o ministério da Saúde irá enviar mais doses".
As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado e são classificadas pelas letras do alfabeto A, B, C, D e E. Essas doenças não costumam apresentar sintomas, mas, quando aparecem, os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são a A, B e C.
A Hepatite A é transmitida pelo contato com pessoas doentes ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Já as hepatites B e C são transmitidas por contato sexual ou em contato com sangue contaminado.
Em relação à hepatite C, a coordenadora geral de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eliza Cattapan, entende que um dos principais problemas está no fato de muitas pessoas desconhecerem que possuem a doença.
"Estima-se que entre 1,4 e 1,7 milhões de brasileiros tem hepatite C. Onde eles estão? Somente 20% sabem que tem a doença. Nem todo mundo que tem o diagnóstico de hepatite C é encaminhado para notificação. Sabe-se que nos últimos anos 120 mil pessoas foram notificadas como portadoras de hepatite C".
Vale destacar que há na rede pública vacinas para as hepatites A e B. Apesar de não haver vacina contra a hepatite C, o Ministério da Saúde anunciou que novos remédios estarão disponíveis na rede. Segundo o ministro da pasta, Arthur Chioro, além de aumentar para 90% as chances de cura, os novos remédios provocarão menos efeitos colaterais e custarão menos aos cofres públicos.