Radioagência

A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou incentivo fiscal a prédios que instalarem "telhado verde" em pelo menos 65% de suas coberturas.

O telhado verde funciona como um jardim suspenso e é projetado com técnica de irrigação que reduz o desperdício de água. A ideia é estimular a agricultura urbana, reduzir a poluição e reaproveitar a água da chuva.

A iniciativa está prevista no projeto de lei do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP). O texto original obrigava os prédios comerciais e residenciais com mais de três andares a instalar o telhado verde em suas coberturas. O relator da matéria, deputado Herculano Passos (PSD-SP) alterou o projeto para incluir o benefício fiscal e tornar o telhado verde facultativo. O benefício pode ser fixado em lei estadual ou municipal.

O deputado Herculano Passos explica a importância da medida:

"O telhado verde é um projeto inteligente, bom, sustentável e ambientalmente correto que só traz benefícios. Por outro lado o custo é maior e não pode ser uma coisa obrigatória. Agora, se a pessoa optar por fazer o telhado verde, na lei especifica que ele tem benefícios fiscais ou seja um prêmio por estar preservando o meio ambiente."

O telhado verde é uma forma de resgatar o uso agrícola e ornamental do solo ocupado por edifícios, pensa o engenheiro Paulo Renato Guimarães:

"O telhado verde veio para ficar, mas para que isso ocorra existem algumas coisas, entre elas as leis de incentivo, não necessariamente de obrigatoriedade. Você fazer uma lei que beneficia quem está fazendo um telhado verde que vai beneficiar a população em redor e não apenas o próprio habitante do prédio, porque vai ter menos enchentes na rua, mais oxigênio gerado pelas plantas, mais captação de gás carbônico, as plantas captam gás carbônico, ou seja, menos poluição."

A proposta que incentiva os jardins verticais ainda vai ser analisado de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.