30/06/2015 17:15 - Direito e Justiça
30/06/2015 17:15 - Direito e Justiça
Antes da votação da proposta que reduz a maioridade penal, o gramado em frente ao Congresso Nacional foi ocupado por cerca de 500 pessoas, a maioria contrária ao projeto que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para crimes hediondos, homicídio e roubo qualificado.
Diversas entidades, como centrais sindicais e movimentos estudantis, protestavam contra a proposta. Outro grupo menor, apoiava a emenda constitucional e, para chamar a atenção, fixou cruzes no gramado para simbolizar as vítimas de crimes praticados por adolescentes.
Carros de som transmitiam música e palavras de ordem. O esquema de segurança do Congresso foi reforçado e os manifestantes impedidos de chegar perto do espelho d'água.
A redução da maioridade era criticada por entidades ligadas a estudantes e centrais sindicais, como UNE, Ubes e CUT. Eles se manifestavam usando faixas de protesto e carros de som.
O conselheiro tutelar Iran Magalhães, do Bairro de Águas Claras, no Distrito Federal, explicou por que é contrário à medida.
"Nós acreditamos que não é a solução. Reduzir a maioridade por reduzir, você não vai reduzir o problema da violência, você não vai resolver o problema da insegurança, então não é a solução. O que nós, conselheiros tutelares em Brasília defendemos é investimento em educação integral de qualidade"
A 50 metros dos manifestantes, outro grupo, silencioso, fazia vigília em meio a cruzes fincadas no chão. Uma dessas pessoas era a funcionária pública Juraci de Osti, que saiu de São Paulo, onde mora, para defender a redução da maioridade penal.
O filho dela, Thiago de Osti Cardoso Lopes, 28 anos, foi assassinado em outubro do ano passado em frente à casa da família, no bairro da Mooca, em São Paulo, quando estacionava o carro na garagem.
"Eu tive um filho que foi assassinado na minha frente. Eu acompanhei tudo e sei a frieza desses meninos que vocês chamam de meninos e que não são. Eu sou uma mãe e posso falar, com certeza, porque eu tenho um filho de 16 anos e tenho um filho que foi assassinado"
Os grupos contra e a favor da redução da maioridade penal manifestaram seus pontos de vista sem entrar em confronto.
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