29/06/2015 18:25 - Política
29/06/2015 18:25 - Política
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou que o debate sobre o parlamentarismo no Brasil deve ser reiniciado pelos deputados. Em 1993, o brasileiro foi consultado em um plebiscito sobre qual forma de governo deveria ser adotada no país: presidencialismo, monarquia ou parlamentarismo. E a maioria escolheu a forma já em vigor: o presidencialismo.
Eduardo Cunha falou durante o evento Câmara Itinerante, em Manaus (AM), em que explicou as mudanças previstas para um novo pacto federativo, que deve redefinir atribuições e recursos para estados e municípios.
Ele apoia uma mudança gradual, sem impacto imediato no orçamento da União. Cunha defendeu também o esforço feito para votar a reforma política.
Para ele, a votação da reforma política foi um avanço, ainda que as mudanças não tenham sido muitas. O presidente da Câmara dos Deputados ressaltou que a tendência é baratear as campanhas e impor um limite às doações de empresas.
Perguntado sobre a mudança de sistema político no Brasil, Eduardo Cunha defendeu a adoção do parlamentarismo:
"Nós vivemos uma crise do presidencialismo, uma crise na qual se o sistema fosse parlamentarista seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que você elege o governante e depois, só na próxima eleição, você tem condições de rever a sua posição. O parlamentarismo permite que em determinados momentos, sob condições específicas de cada um, a perda da condição política possa fazer com que sejam antecipadas as eleições parlamentares ou dissolvido o gabinete. Então, o parlamentarismo protege das crises políticas. E você tem várias modelos de parlamentarismo no mundo, inclusive aqueles que convivem com o presidente eleito”.
Dos amazonenses, Cunha ouviu um pleito: a derrubada dos vetos ao texto da Medida Provisória 660/14, que retirou da proposta policiais e bombeiros militares, os aposentados e os servidores da Suframa. O presidente disse que seu partido, o PMDB, deve defender a derrubada do veto, mas é preciso convencer a maioria de deputados e senadores para conseguir a medida.
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