25/06/2015 10:10 - Trabalho
25/06/2015 10:10 - Trabalho
O Plenário aprovou nesta quarta-feira medida provisória que mantém as regras de reajuste do salário mínimo. Uma emenda aprovada estende a política de valorização do salário mínimo, que prevê reajuste de acordo com a reposição da inflação e a taxa de crescimento da economia nos dois anos anteriores, para as aposentadorias e pensões acima de um salário.
O líder do governo, José Guimarães, já adiantou que a presidenta Dilma Rousseff vetará a proposta, se ela também passar pelo Senado:
"É muito fácil vir aqui fazer um discurso em defesa do aposentado, sem ter minimamente responsabilidade com as contas da Previdência. Querem quebrar a Previdência? Não pode ser desse jeito, eu tenho responsabilidade com o país, com o equilíbrio das contas públicas e, principalmente, com a Previdência. Da forma que essa emenda foi aprovada, não há outro caminho a não ser o veto."
O deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, comemorou a aprovação. Ele ressaltou que, como a emenda das aposentadorias fez alterações, também, no texto que tratava do salário mínimo, para vetar um, será preciso vetar o outro, perdendo, assim, todo o conteúdo da medida:
"Ganhamos uma partida, mas não ganhamos ainda o campeonato. É lógico que a gente sabe que o governo deve vetar essa matéria. E eles, se vetarem, têm que mandar uma nova proposta pra cá, porque da forma que eu apresentei a emenda, ela está incorporada no artigo primeiro, é o texto principal da medida provisória. Portanto, não dá pra vetar só essa parte dos aposentados. Vai ter que vetar tudo e vir com uma nova política salarial para os aposentados."
A medida que mantém as regras de reajuste do salário mínimo segue para o Senado.
Os deputados também aprovaram o texto-base do projeto do Executivo que compõe o ajuste fiscal e reduz os benefícios conseguidos por 56 setores da economia com a desoneração da folha de pagamentos. São empresas que deixaram de pagar contribuição previdenciária em cima da folha e passaram a pagar em cima da receita bruta e terão alíquotas aumentadas.
Nesta quinta-feira o Plenário continua a votação do texto, com a análise dos destaques.
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