Radioagência

Foi lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica e Espacial, com o objetivo de defender os interesses das empresas do setor sediadas no Brasil. Composta por 252 deputados, a frente terá como presidente, nesta legislatura, o deputado Jose Stédile, do PSB do Rio Grande do Sul, e discutirá assuntos como tecnologia e investimentos no setor.

Durante o lançamento, deputados e representantes do governo e da indústria ressaltaram a importância de um setor considerado estratégico para a soberania de um país, mas prejudicado pela falta de investimentos em pesquisa e tecnologia e formação de profissionais.

Jose Stédile listou os desafios:

"Precisamos enfrentar o problema da tributação. Precisamos enfrentar o problema da desoneração da folha. Precisamos resolver o problema de falta de investimento do governo na área tecnológica desse setor."

Presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Walter Bartels acrescentou que é preciso melhorar a competitividade do país:

"Do ponto de vista do programa espacial, realmente, a questão é que estão faltando recursos. A atividade espacial, ela é muito controlada pelo mundo afora. Ou você tem o seu produto ou, então, você vai comprar dos outros e você nunca sabe o que aquele produto dele pode, digamos assim, ser controlado por aquele país que o fabricou."

Na avaliação de Emília Curi, secretária-executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia, a indústria aeroespacial brasileira tem chance de se renovar, inclusive com a aprovação de propostas em análise na Câmara dos Deputados.

Entre outros projetos, Curi destacou o do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PL 2177/11), que prevê desde isenção fiscal até flexibilização das regras de licitação como forma de impulsionar a pesquisa no País. O texto está pronto para a pauta do Plenário.