Radioagência

Criada, nesta quinta-feira, a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Câncer. A frente, que reúne deputados e senadores, tem o objetivo de apoiar políticas públicas, programas e ações governamentais ou não para enfrentar a doença.

A coordenação da frente parlamentar será do deputado Antônio Jácome (PMN/RN). Médico e cirurgião voluntário da Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Câncer, o deputado diz ter conhecimento dos desafios, mas que está determinado a encontrar os melhores caminhos da causa contra o câncer no país.

Lucas Lélis (PMN) / Câmara dos Deputados

Reunião da frente parlamentar

"Nós temos uma agenda de trabalho, várias reuniões semanais. Vamos ouvir os colegas de norte a sul do Brasil. Vamos ver onde a situação é mais crítica e fazer uma interlocução com o Ministério da Saúde e dar suporte às casas de apoio que, muitas vezes, sem qualquer reconhecimento e apoio oficial, trabalham com muita abnegação, graças às ações voluntárias de várias pessoas. O Poder Público precisa reconhecer e estender a mão para que esta assistência aconteça."

O deputado Carlos Gomes (PRB/RS) ressalta que, não só os parlamentares, mas todos os brasileiros devem se engajar na luta contra a doença.

"Primeiro, pelo enfrentamento da doença em si. Depois, para a geração de informação para a população acerca dos sintomas, da prevenção, o que ela tem que fazer. Nós temos que trabalhar, cada vez mais, na prevenção, sendo que o sistema de saúde hoje optou por investir na doença, no tratamento e nós temos que nos antecipar e trabalhar a prevenção."

Outra integrante da frente parlamentar, a deputada Conceição Sampaio (PP/AM) quer chamar a atenção do Estado brasileiro para o câncer.

"Nós temos 190 mil pessoas que morrem todos os anos em função do câncer e nós precisamos garantir, através do SUS, principalmente o bom acolhimento. Uma pessoa que está com câncer já está fragilizada e se o atendimento não começa tão bem, de forma rápida, nós vamos ter uma pessoa que vai esperar na fila um ano, dois anos, três anos, para iniciar o tratamento. E nós sabemos que, no câncer, um dia a mais pode ser um dia a menos na vida daquela pessoa."

Mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer a cada ano. Cerca de 8 milhões morrem. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima que este ano vai haver 580 mil novos casos. Segundo o Inca, se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que dois terços das vítimas vivem nos países em desenvolvimento.