28/05/2015 13:58 - Administração Pública
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Os dois funcionários da empreiteira OAS convocados para depor na CPI da Petrobras se recusaram a responder perguntas dos deputados nesta quinta-feira (28). José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira estão sendo processados por lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Eles estão em prisão domiciliar e usaram o direito de permanecer calados para não se auto-incriminar.
Nos últimos dias, o presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, também se recusou a responder as perguntas dos deputados na CPI. E cinco executivos do grupo Shahin fizeram o mesmo, graças a um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
As empresas são acusadas de formação de cartel e pagamento de propina a diretores e agentes políticos em troca de contratos bilionários com a Petrobras.
A opção pelo silêncio causou polêmica na CPI. Muitos deputados questionam as convocações de acusados que não fizeram delação premiada. E questionam, também, a dispensa dos depoentes que se recusam a responder, procedimento defendido pelo relator da CPI, deputado Luiz Sérgio, do PT do Rio de Janeiro:
"O local mais adequado para discurso de parlamentares é na tribuna da Câmara. Por isso, quando eles [os depoentes] optam pelo direito constitucional ao silêncio eu defendo que eles sejam dispensados."
Na próxima semana, serão ouvidos os dois últimos empresários que estão em prisão domiciliar convocados pela CPI. Depois disso, os deputados querem partir para a acareação entre os acusados que optaram por fazer acordo de delação premiada com a Justiça.
Entre eles estão o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco.
É o que explica o vice-presidente da CPI, deputado Antonio Imbassahy, do PSDB da Bahia:
"A gente montando as acareações com pessoas que já fizeram delação premiada e, eventualmente, uma disse uma coisa e outra disse outra, elas serão obrigadas a fazer aqui o contraditório, né?"
Os pedidos de acareação devem ser decididos logo depois dos depoimentos dos empresários Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da construtora Mendes Júnior, e Dario Queiroz Galvão Filho, presidente do Grupo Galvão, marcador para a próxima terça-feira, dia 2 de junho.
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