27/05/2015 20:57 - Política
27/05/2015 20:57 - Política
Os cinco executivos do grupo Schahin convocados para depor na CPI da Petrobras se recusaram a responder às perguntas dos deputados.
Carlos Eduardo, Milton, Salin, Rubens e Pedro Henrique Schahin compareceram à CPI amparados por um habeas corpus concedido pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.
A liminar dava a eles o direito de não responder às perguntas, apesar de terem sido convocados como testemunhas e não como acusados.
A Schahin é uma das empresas acusadas de formação de cartel e pagamento de propina na Petrobras. Ela arrendava cinco plataformas de perfuração para a estatal, contratos que somavam 5 bilhões de dólares.
Depois de deflagrada a Operação Lava Jato, a Schahin perdeu os contratos e entrou na Justiça com pedido de recuperação.
O deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, sub-relator da CPI que convocou os empresários, insistiu nas perguntas ao presidente do grupo, Milton Schahin.
"O senhor é sócio administrador da Schahin Administração e Informática?" (Arnaldo Faria de Sá)
"Sob orientação dos advogados, permanecerei em silêncio" (Milton Schahin)
"O senhor é sócio administrador da Intelis Automação e Controle Ltda?"
"Por orientação dos advogados, permanecerei em silêncio"
"O senhor é diretor da Schahin Empreendimentos Imobiliários S.A.?"
"Por orientação dos advogados, permanecerei em silêncio"
A recusa dos empresários irritou os deputados da CPI, que anunciaram que vão aprofundar as investigações sobre os negócios do grupo Schahin com a Petrobras.
A deputada Eliziene Gama, do PPS do Maranhão, disse que vai pedir a busca e apreensão de documentos na sede das empresas. E o deputado Altineu Côrtes, do PR do Rio de Janeiro, vai pedir à empresa Kroll, contratada pela CPI, o rastreamento das contas dos executivos no exterior.
Côrtes disse ter documentos que provam que o grupo tem mais de 500 milhões de dólares em diversos países.
Nesta quinta, a CPI da Petrobras vai ouvir os depoimentos de dois executivos da construtora OAS: José Ricardo Brechirolli e Mateus Coutinho Oliveira.
A OAS tem contratos com a Petrobras de mais de 10 bilhões de reais e é acusada de pagar propina ao ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa.
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