26/05/2015 17:20 - Política
26/05/2015 17:20 - Política
Em um ato político, deputados e representantes de movimentos sociais criticaram em seminário o texto da reforma política que vai ser votado no Plenário da Câmara. Eles defenderam o financiamento público de campanhas e a paridade entre gêneros em eleições proporcionais para deputado federal. A plateia do seminário, que foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos, era toda formada por integrantes de vários movimentos sociais, que cantaram e puxaram palavras de ordem durante o evento.
São integrantes de movimentos que participaram da mobilização que organizou, há dois anos, o abaixo-assinado em favor de um plebiscito pela reforma política.
O representante da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política, José Antonio Moroni, explica que a intenção do grupo é evitar a votação da proposta e, se for votada, que seja rejeitada a aprovação do que o movimento chama de PEC da Corrupção.
"Porque o que se quer hoje nas votações é constitucionalizar o financiamento empresarial de campanhas, que é uma das principais fontes de corrupção, e que distorce a vontade do eleitor. Não é à toa que só se elege, a grande maioria, a campanha mais rica. E também contra o distritão, que é um sistema que só vai fortalecendo a oligarquia."
José Antômio reclama que vários integrantes de movimentos sociais não puderam entrar na audiência pública e afirma que cerca de 40 ônibus vieram de todo o país para Brasília a fim de participar da mobilização. O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, lamentou que as pessoas tenham sido barradas.
"Muitos estão fora, sem poder adentrar nesta Casa, o que é um desrespeito, nós achamos que todos devem estar aqui, querem discutir a Reforma Política, mas uma Reforma Política que seja resultado do que a sociedade brasileira está querendo."
O deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo, afirmou no seminário que falta legitimidade à reforma que será votada.
"Este Parlamento não tem legitimidade para fazer a reforma política. Ele foi eleito com influência do poder econômico, com a mídia centralizada e monopolizada, sem participação popular. O que estão tentando votar aqui não é uma reforma política, é uma contrarreforma política."
Segundo a organização da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política, os manifestantes vão continuar mobilizados na Câmara até a votação.
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