31/03/2015 17:04 - Direitos Humanos
31/03/2015 17:04 - Direitos Humanos
A bancada feminina se reuniu nesta terça-feira (31) com a terceira secretária da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, e com a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, para discutir as ações parlamentares na defesa dos direitos das mulheres.
Durante a reunião, as deputadas decidiram entrar no Supremo Tribunal Federal, no Conselho Nacional de Justiça e na Secretaria de Políticas para as Mulheres com uma nota de repúdio em que pedem a revisão da pena do agressor da operadora de caixa Mara Rúbia.
Em 2013, Mara Rúbia Guimarães, de 27 anos, foi torturada e teve os olhos perfurados pelo ex-marido em Goiânia. O ex-marido cumpriu um ano de cadeia e agora está em regime semiaberto porque a Justiça entendeu que era um caso de lesão corporal, e não tentativa de homicídio.
A coordenadora da bancada feminina, deputada Dâmina Pereira, do PMN de Minas Gerais, repudiou a atitude da Justiça que ainda permitiu que o ex-marido ficasse com a guarda do filho do casal afirmando que, como Mara está cega, não pode cuidar da criança adequadamente.
"É um absurdo a gente deixar do jeito que está e não como tentativa de homicídio. Até porque foi um caso bem premeditado e onde ela pediu socorro várias vezes e onde ela não conseguiu essa proteção."
A deputada Mara Gabrilli também repudiou o posicionamento da Justiça em relação a Mara Rúbia.
"Primeiro que é um absurdo. Por que que se não enxerga não pode cuidar de um filho? Tá cheio de mãe que é cega e cuida muito bem do filho. Então, isso não pode ser uma justificativa em nenhum lugar do planeta. E segundo que além de tudo quem furou os olhos dela foi o marido."
A deputada informou ainda que será realizada futuramente uma audiência pública para discutir os problemas que o uso de anticoncepcionais provocam com frequência nas mulheres.
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