02/03/2015 20:45 - Política
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A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados se reunirá nesta terça-feira (3) para rever a decisão de permitir a compra de passagens aéreas para mulheres e maridos dos parlamentares. A informação foi dada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha.
"Estamos sempre subordinados à vontade da opinião pública. E se nós efetivamente fizemos algo que a repercussão não está positiva, cabe a nós fazermos a mea culpa e corrigirmos. Então, eu vou propor amanhã uma mudança nesse procedimento, que ainda vou definir, mas certamente não será da forma como foi anunciada. Haverá um recuo sim com relação a essa situação."
Cunha irá propor uma regra para os parlamentares não terem o direito de comprar passagens para cônjuges. As exceções deverão ser solicitadas pelo parlamentar a partir de justificativa com critério a ser definido pela Mesa.
Pela decisão que deve ser revista, os deputados podem utilizar o valor da cota para pagar a passagem aérea dos seus cônjuges, desde que o trajeto seja entre o estado de origem e Brasília.
Quatro partidos (PT, PSDB, Psol e PPS) já tinham anunciado que abririam mão do uso da verba para cônjuges.
Também nesta segunda-feira (2), o presidente Eduardo Cunha disse que a CPI que investiga irregularidades na Petrobras deve ser cumprida de acordo com sua proposta inicial, com investigação entre 2005 e 2015.
"Eu sou regimentalista. Como eu vou decidir as CPIs de acordo com o regimento, eu decidi a da Petrobras de acordo com o regimento, sou favorável que se cumpra o regimento. A ementa que está lá deve ser cumprida seja do escopo de investigação, seja do prazo, seja de tudo."
Segundo Cunha, caso haja a vontade de se fazer uma CPI para analisar outros períodos além do que foi aprovado, é necessário criar uma nova comissão.
O PT quer ampliar a investigação para o período entre 1997 e 2003, ou seja, abrangendo o período da presidência de Fernando Henrique Cardoso (FHC). O ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco - um dos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal - denunciou que as irregularidades existem desde a década de 1990. Barusco também afirmou na delação premiada que o PT recebeu até 200 milhões de dólares em propinas.
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