Radioagência

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira, sem vetos, a nova lei dos caminhoneiros aprovada pela Câmara em fevereiro deste ano. A jornada de trabalho diária da categoria é ampliada em duas horas - pode chegar a 12 horas diárias - e os caminhoneiros ganharam a isenção de pedágio por eixo mantido suspenso quando transitarem com o caminhão vazio.

A sanção integral faz parte do acordo para acabar com as paralisações de caminhoneiros pelo Brasil. Os protestos da categoria, no entanto, continuam. Deputados foram chamados a interceder em favor de caminhoneiros que vieram à Brasília para protestar, mas foram impedidos de entrar na cidade pelas forças de segurança. Depois de muita negociação, os caminhoneiros foram autorizados a entrar na cidade e devem realizar manifestação nesta terça-feira pedindo a redução do preço do óleo diesel.

Para o deputado Darcísio Perondi, do PMDB do Rio Grande do Sul, a sanção da Lei dos Caminhoneiros melhora a situação da categoria, mas é preciso abaixar o preço do óleo diesel.

"A lei dos caminhoneiros, nos aprovamos, ela não é ótima, mas é boa. O governo nem queria que fosse aprovada a lei, não dá pra fazer demagogia com o chapéu alheio, tem é que ter coragem de baixar o óleo"

Esposa de caminhoneiro, Marines Mendes veio do Rio Grande do Sul para protestar. Segundo ela, se o governo tivesse recuado no preço do diesel, a greve não teria durado duas semanas.

"Poderia ter sido resolvida no segundo dia, ter sentado e conversado, era um simples detalhe, apenas a redução do preço do combustível."

O governo prometeu o congelamento de preços por seis meses como parte da negociação para o fim da greve.

Além de ampliar a jornada de trabalho permitida, a nova Lei dos Caminhoneiros amplia aumenta o período máximo ao volante de quatro horas para 5,5 horas contínuas.

A lei também aumenta de cinco para 10% a tolerância de peso por eixo admitida pelas autoridades.