27/02/2015 11:24 - Economia
27/02/2015 11:24 - Economia
Empregados da Caixa Econômica Federal promoveram ato na Câmara, nesta quarta-feira (25), para defender que a empresa continue 100% pública. O evento teve a participação de parlamentares, sindicalistas e representantes de movimentos sociais.
No final de 2014, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo pretende abrir o capital da Caixa, com a venda de parte das ações da empresa. A presidente também afirmou que o processo "vai demorar" e que não é prioridade.
Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal, explicou por que é contrário à abertura de capital:
"Nos últimos 12 anos, a Caixa foi reposicionada, o que era uma reivindicação nossa histórica, e isso favoreceu, a Caixa cresceu, dobrou de tamanho. Hoje investe bilhões, aumentou mais de dez vezes o investimento em habitação. No nosso entendimento, isto é a demonstração acertada de que ela tem de continuar 100% pública."
A deputada Erika Kokay, do PT do Distrito Federal, apoiou os trabalhadores.
"Dizer que é preciso ter recursos com a venda de parte da Caixa significa desconsiderar que a Caixa tem aportado recursos para o governo federal. A Caixa é uma empresa lucrativa, é uma empresa que tem mostrado que a sua função social não é impeditivo para que se desenvolva do ponto de vista mercadológico. Portanto, a Caixa tem que continuar 100% pública."
Atualmente, a União detém o controle de todo o capital da Caixa. O banco fechou o ano passado como um dos três maiores do Brasil, com R$ 124 bilhões em financiamentos imobiliários – o equivalente a 20% do total do País –, além de atuar como agente de políticas públicas, promotor das loterias e financiador de projetos de infraestrutura.
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