01/02/2015 10:17 - Política
01/02/2015 10:17 - Política
Quatro candidatos à presidência da Câmara e quatro visões diferentes de reforma política. Arlindo Chinaglia, Chico Alencar, Eduardo Cunha e Júlio Delgado aproveitaram o 3º Encontro Parlamentar para discutir a reforma política ideal com os cientistas políticos Jairo Nicolau e Fabiano Santos.
Chico Alencar, do PSOL, destacou como negativo o peso do dinheiro nas campanhas atuais e cobrou mudanças que aproximem o cidadão comum da vida política:
"Além da democracia representativa, formal, partidária, que nós vivemos aqui, não é o caso também de a gente estimular outras formas de participação e de inteiração com a política, que dialoguem, inclusive, com a representação formal e institucional?"
Para candidato do PT, Arlindo Chinaglia, o melhor jeito de sintonizar a Câmara com a sociedade é criar uma pauta de interesse do cidadão que não necessariamente vai tratar de reforma política, mas de saúde e educação, por exemplo:
"Na minha opinião, o caminho mais curto de nós falarmos com sociedade é nós termos uma pauta que corresponda aos anseios populares. E reforma eleitoral ou política não é [essa pauta]."
Chinaglia lembrou que, em 2007, foi levada a Plenário uma reforma política cuja votação emperrou já nos dois primeiros pontos – o financiamento público e o modelo de listas fechadas.
O candidato do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), lembrou que a Comissão de Constituição e Justiça analisa, desde o final do ano passado, uma proposta de reforma política que ainda não teve a discussão iniciada por conta de obstrução de alguns partidos. Para ele, a reforma política deveria começar por dois pontos: o modelo de eleição e o financiamento:
“Primeiro precisa se definir o modelo da eleição, até porque definir qual será o modelo de eleição passa a ser fundamental para definir os outros pontos. O tempo de campanha, porque se nós temos um tempo de campanha de 90 dias no primeiro turno, no segundo turno, por exemplo, nós temos três semanas, a necessidade de 90 dias de campanha consequentemente aumenta o custo da eleição.”
O candidato do PSB, Júlio Delgado (RJ) destacou a alta renovação da Câmara que, segundo ele, deve produzir mudanças também no Congresso:
“43% da Câmara dos Deputados foi renovada nessas eleições e eu tenho certeza de que essa renovação demonstra claramente um desejo e um sentimento do que a sociedade quer desta Casa. Se não mudarmos podemos ser mudados, isso já dizia Ulysses Guimarães.”
Os quatro candidatos concorrem à Presidência da Câmara em eleição marcada para este domingo, às seis da tarde. Até lá, outros candidatos também poderão surgir.
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