21/01/2015 20:45 - Política
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Líder do governo na Câmara defende ajustes anunciados pela equipe econômica e não acredita em influência sobre as votações no Congresso, a partir de fevereiro. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Câmara. Quanto ao ajuste fiscal, com aumento de impostos, anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no início da semana, o líder do governo afirmou que as medidas estão de acordo com a política econômica da presidente Dilma de valorização de emprego e renda. Esse ajuste está sendo feito via decreto e pode aumentar a arrecadação do país em R$ 20 bilhões. Fontana defendeu o complemento dessas ações por meio da aprovação das Medidas Provisórias (664 e 665) que tramitam no Congresso com alterações na concessão da pensão por morte e do seguro-desemprego, com previsão de economia de R$ 18 bilhões. As MPs têm recebido críticas da oposição, mas Fontana acredita na aprovação das matérias.
"Existe, sim, um pequeno ajuste que traz uma melhoria na arrecadação do governo federal, exatamente para permitir que o ritmo de obras e investimentos públicos continue. Mas este ajuste é absolutamente moderado, equilibrado e temporário. A política econômica do governo continua no mesmo sentido de colocar o emprego e a renda do trabalhador em primeiro lugar. E aqui no Congresso, eu entendo que vamos conseguir aprovar essas medidas. Por exemplo, corrigir o sistema de pensões do país é uma necessidade para tornar a nossa estrutura previdenciária mais justa. Não é uma questão fiscal".
Fontana também manifestou a expectativa de que a atual disputa na Câmara não deixe sequela na base aliada do governo. Entre os postulantes ao cargo estão dois governistas: Arlindo Chinaglia, do PT, e Eduardo Cunha, do PMDB. Sobre a articulação da oposição visando criar nova CPI para investigar as irregularidades na Petrobras, Henrique Fontana reafirmou a posição contrária do governo em relação à CPI com o argumento de que a investigação está em curso pela Polícia Federal, Ministério Público e Justiça. O líder do governo defendeu prioridade do Congresso na discussão e debate em torno da Reforma Política.
"Eu prefiro trocar o espaço ocupado por uma eventual nova CPI da Petrobras - a qual sou contra e não nos trará novidades - por uma Parlamento que se debruce sobre a Reforma Política: que o Parlamento, na sua função legislativa, debata como financiar o processo democrático".
Henrique Fontana defendeu o que chamou de pauta propositiva para o Congresso em 2015. Como exemplo, ele citou a futura análise do Programa Mais Especialidades, uma proposta a ser encaminhada pelo Executivo para reduzir a espera no atendimento médico no país.
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