18/12/2014 13:58 - Política
18/12/2014 13:58 - Política
PPS, PSB, Solidariedade e PV lançaram na quarta-feira (16) novo bloco parlamentar para a próxima legislatura, chamado "Esquerda Democrática". As atividades do bloco irão além do Congresso, estendendo-se também a assembleias legislativas e câmara de vereadores, semelhante a uma federação de partidos.
A junção das agremiações cria a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 67 parlamentares. A união é menor apenas que a bancada petista, que terá 69 deputados a partir do próximo ano.
O deputado Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade de São Paulo, afirmou que a união dos partidos é importante para discutir e votar assuntos de interesse popular e se apresentar como uma alternativa à polarização PT-PSDB:
"Você teve quase um terço das pessoas que, numa guerra que estavam as eleições, não quiseram nem saber. Pareciam que não estavam nem morando no Brasil. Nós achamos que essas pessoas cansaram dessa política entre PT e PSDB. Então, a gente precisa apresentar uma alternativa. A ideia dessa federação que construímos é apresentar essa alternativa."
O deputado Penna, do PV paulista, defendeu que o bloco assuma uma oposição propositiva:
"Evidente que não temos uma neutralidade suíça. Nós temos dificuldades com o governo, mas temos mais interesse em propor concretamente alguma coisa para o País, como, por exemplo, discutir a matriz energética. São coisas concretas: discutir a Amazônia, discutir o desenvolvimento sustentável, um outro modelo de desenvolvimento."
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno, do Paraná, afirmou que a união dos partidos vai além da atuação no Legislativo:
"Claro que tem uma atuação dentro do Parlamento e fora do Parlamento. E aí, teremos eleições em 2016, e esse bloco quer atuar nas eleições de forma unida, ou seja, orientando a cada estado e a cada município que atue em conjunto para que o bloco tenha um candidato para, com essas novas ideias, novos projetos, enfrentar o debate eleitoral."
Sobre a sucessão à presidência da Câmara dos Deputados, os partidos do novo bloco não devem caminhar juntos.
O Solidariedade declarou apoio à candidatura do deputado Eduardo Cunha, do PMDB fluminense. O PSB anunciou candidatura própria, com o deputado Júlio Delgado, de Minas Gerais. PV e PPS também apoiam o candidato do PSB.
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