17/12/2014 13:10 - Política
Radioagência
Chinaglia é candidato à presidência da Câmara apoiado por quatro partidos
O deputado Arlindo Chinaglia, do PT paulista, lançou candidatura à Presidência da Câmara, nesta quarta-feira (17), com o apoio de quatro partidos: PCdoB, Pros e PDT, além do próprio Partido dos Trabalhadores. Médico e deputado há 20 anos, Chinaglia já foi presidente da Câmara entre 2007 e 2009. Além disso, já foi líder do governo e líder do PT na Casa.
O deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, também já lançou sua candidatura ao cargo, no último dia 2 de dezembro. Com isso, a base de apoio do governo na Câmara vai dividida para a eleição, que está marcada para 1º de fevereiro de 2015.
Os quatro partidos que apoiam Chinaglia contarão com 109 deputados a partir do ano que vem: 69 do PT, 19 do PDT, 11 do Pros e 10 do PCdoB. Já os quatro partidos que, por enquanto, declararam apoio a Cunha terão 128 deputados no início da próxima legislatura: 66 do PMDB, 25 do PTB, 15 do Solidariedade e 22 do Democratas. Nesta quarta, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho, anunciou apoio à candidatura de Cunha.
Chinaglia admitiu que a articulação em torno de sua candidatura começou tardiamente, mas ele considera que a eleição não está decidida:
"A bancada do PT entendia que determinados temas para o governo e para o País eram muito importantes e qualquer prioridade que nós déssemos para uma disputa, deixaríamos de priorizar essas matérias ou pelo menos a construção de uma unidade na base do governo. Eu tenho consciência que sou visto quase como azarão, ainda mais se acreditar em tudo que leio. Portanto, quanto à possibilidade de vitória ainda é prematuro".
Entre as prioridades de sua gestão, caso seja eleito, Chinaglia ressaltou a ampliação do contato da Câmara com a sociedade civil, para identificar as principais demandas da população. Ainda segundo o deputado, o programa de sua candidatura vai ser construído conjuntamente com os partidos que o apoiam.
O candidato do PT afirmou, ainda, que conflitos com os outros poderes da República são inevitáveis durante o exercício da Presidência:
"O Parlamento, para exercer com altivez o seu papel, em dado momento, ele vai divergir daquilo que o Executivo venha a fazer, daquilo que o Judiciário venha a fazer, daquilo que o Ministério Público venha a fazer. É uma sociedade felizmente democrática, portanto, as instituições funcionam e todas devem ser respeitadas."
Já em relação à oposição, Chinaglia observou que o presidente da Câmara tem o "dever da imparcialidade".