24/11/2014 13:14 - Direitos Humanos
24/11/2014 13:14 - Direitos Humanos
A Comissão de Segurança Pública deve votar nesta quarta-feira o relatório do deputado João Campos (PSDB-GO), sobre a proposta (PL 6433/13) que permite à polícia a adoção de medidas de urgência para proteger a mulher vítima de violência doméstica. O texto altera a Lei Maria da Penha.
Hoje, a lei estabelece prazo de 48 horas para que a polícia informe ao juiz a agressão, pedindo as medidas protetivas. O projeto determina que as medidas sejam concedidas de imediato para evitar, por exemplo, novas agressões.
Campos afirma, ainda, que deverão ser modificadas as regras relativas à fiança do agressor:
"Ainda que o crime praticado, a agressão praticada contra essa mulher no âmbito doméstico seja afiançável; se o delegado de polícia, nos casos que compete a ele, ou o juiz de direito, nos demais casos, verificar que - concedida a fiança - essa liberdade do agressor vai implicar potencial risco à integridade física da mulher, ou a sua condição psicológica, isso por si só será suficiente para negar a fiança."
O relator sugere, ainda, a criação de um banco de vítimas beneficiadas com medidas protetivas. Este banco seria elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça, e as polícias de todo o país teriam acesso, permitindo a busca e captura de agressores fugitivos.
Outra proposta é colocar as defensorias públicas no sistema da lei para que elas possam iniciar ações contra os agressores. Hoje, este processo é acompanhado pelo Ministério Público:
"Em relação ao Ministério Público, esse não é o papel primordial do Ministério Público, principalmente na área do direito penal. É o papel secundário. Já que agora nós temos a defensoria pública, que tem um papel primordial de defesa do cidadão, por que não - repito, sem excluir o Ministério Público - consagrar isso na legislação? É o papel da defensoria"
Também deve ser facilitado o acesso dos delegados a eventuais prontuários médicos das vítimas.
Segundo o Mapa da Violência, a cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil. O país é o sétimo no ranking de assassinato de mulheres.
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