20/11/2014 17:25 - Direitos Humanos
20/11/2014 17:25 - Direitos Humanos
Audiência pública na Comissão de Direitos Humanos debateu denúncias contra a empresa alemã GEA do Brasil, que projeta, fabrica e repara diversos tipos de equipamentos de troca de calor. Um ex-funcionário, Paulo Xavier, alega que foi contaminado por radioatividade presente na água da empresa e desenvolveu uma série de problemas graves por causa disso.
O advogado da empresa, Bruno Souza, diz que as acusações não se sustentam e que os problemas de saúde de Xavier não são provenientes de contaminação por radioatividade. Ele conta que diversas pesquisas já mostraram que não há nada de errado com a água da GEA do Brasil.
"Então, todos os laudos periciais judiciais foram absolutamente contrários à tese do Paulo Xavier. Na realidade, o Paulo Xavier, hoje, na minha avaliação, ele acaba não aceitando os laudos periciais de todas as empresas que tenham competência pra fazer isso que é o Cnen [Comissão Nacional de Energia Nuclear], a própria Delegacia Regional do Trabalho, o Ministério Público Federal. Todos os órgãos foram lá, avaliaram e identificaram que não há problema, não há risco".
Mas o ex-funcionário já está movendo ações contra a empresa na Justiça do Trabalho e pede 7 milhões de reais como indenização. Ele alega ter documentos que comprovem que foi contaminado enquanto trabalhava na empresa.
"Fui exposto 840% acima do permitido à radiação ionizante. Tudo isso laudado por perito judicial, perito meu contratado. O Cnen [Comissão Nacional de Energia Nuclear] interrompeu as atividades na empresa quando fez a fiscalização porque nunca teve norma de segurança. Eu contratei doutores em física nuclear que emitiram laudos constatando alto índice de exposição dos profissionais. Então, esse senhor deve estar falando de outra empresa".
O deputado e autor do requerimento Luiz Couto, do PT da Paraíba, diz que vai pedir uma investigação mais profunda nos documentos da empresa GEA do Brasil e nos laudos do ex-funcionário Paulo Xavier.
"Eu levarei a questão para a próxima reunião do conselho e apresentarei um requerimento para que nós possamos continuar esse debate. Também solicitar às autoridades e aos órgãos que são competentes para a verificação dessa situação para que eles possam fazer esse trabalho".
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