22/10/2014 18:29 - Administração Pública
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Depois de cinco meses de funcionamento, a CPI Mista da Petrobras vai ouvir o doleiro Alberto Youssef, um dos principais envolvidos no esquema que teria desviado 10 bilhões de reais da estatal. A reunião para ouvir Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), foi agendada para a próxima quarta-feira (29) às duas e meia da tarde, a primeira após o segundo turno das eleições presidenciais.
Segundo o presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo, do PMDB paraibano, a logística para a vinda do doleiro já foi acertada com a polícia. Youssef está preso no Paraná e assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público para redução de pena.
Para o relator da comissão, deputado Marco Maia, do PT gaúcho, a convocação de Youssef pode ser apenas gasto de dinheiro público.
A expectativa de todos nós é que ele venha aqui e reproduza as mesmas frases reproduzidas pelo Paulo Roberto Costa dizendo que ele não tenha absolutamente nada a declarar à CPMI. Se ele fizer ao contrário disso estará jogando por terra a delação premiada.
Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno, do Paraná, é cedo para garantir que Youssef não vai falar à comissão.
Quem é que lhe assegura que ele vai se manter calado? Ele pode vir aqui e dizer, mesmo na sessão secreta, ele pode vir aqui e dizer. É um direito dele se calar ou não como qualquer outro
Previsto para ocorrer nesta quarta-feira, o depoimento do diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, foi cancelado depois de ele ter apresentado atestado médico alegando hipertensão.
Consenza substituiu Paulo Roberto Costa, que saiu da Petrobras em abril de 2012. Costa foi preso na Operação Lava Jato por suspeitas de superfaturamento e lavagem de dinheiro na estatal.
De acordo Rubens Bueno, o documento foi "adulterado". Uma primeira versão do texto foi entregue para os membros da comissão sem o Código Internacional de Doenças (CID) sobre hipertensão e depois a informação foi incluída.
O presidente da CPI respondeu que o atestado foi complementado pelo médico, a pedido da comissão, e não adulterado. Ainda não foi marcada nova data para o depoimento de Cosenza.
Vital do Rêgo apresentou nesta quarta-feira pedido para prorrogar os trabalhos da comissão até o final do ano legislativo, em 22 de dezembro. O requerimento precisa da assinatura de 171 deputados e 27 senadores para estender a duração da CPI Mista. Oito deputados e quatro senadores já assinaram o pedido.
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