19/03/2014 17:29 - Economia
19/03/2014 17:29 - Economia
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, reconheceu nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, que o sistema elétrico brasileiro opera atualmente em alerta amarelo por conta do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Zimmermann, no entanto, descartou possíveis de falhas no abastecimento de energia dizendo que o sistema elétrico está hoje bem estruturado.
"O sinal amarelo é que você tenha atenção para observar e analisar todos os dados. Periodicamente, você faz essas avaliações e tem os indicativos. É claro que o sinal verde eu estaria com uma situação hidrológica boa. Com o sinal amarelo eu estou acompanhando essa estação chuvosa, porque todos sabem que em janeiro e fevereiro nós tivemos com baixíssimos índices de chuva nos reservatórios"
Convidado por três comissões da Casa para falar sobre os riscos de um apagão no País, Zimmermann defendeu o uso das termelétricas como parte da matriz geradora brasileira e destacou ainda que a situação atual é diferente da vivida em 2001, quando houve racionamento de energia.
"Em 2001, houve racionamento porque havia um desequilíbrio estrutural, ou seja, faltava usina. O que não ocorre hoje, porque temos um sistema elétrico estruturado, com usinas e as linhas de transmissão. Em 2001 nós jogamos energia fora porque não havia linhas de transmissão."
O secretário Márcio Zimmermann foi ainda questionado por deputados sobre o impacto nas contas públicas, com o possível repasse aos consumidores do custo das medidas de socorro adotadas pelo Executivo para equilibrar o caixa das empresas do setor elétrico.
Na semana passada o governo anunciou medidas de socorro ao setor com o aporte de R$ 4 bilhões do Tesouro Nacional e com a autorização para que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tome empréstimos de R$ 8 bilhões também para socorrer as distribuidoras, que estão tendo que comprar energia de termelétricas a preços mais altos.
Em resposta, Zimmermann negou que os custos serão repassados aos consumidores em 2015 e explicou que os custos do socorro oferecido às distribuidoras neste ano deverá será compensado em breve com o retorno para o controle da União de usinas hidrelétricas cujos contratos de concessão vencem em 2015. Segundo Zimmermann, a reintegração das usinas deverá garantir ao governo federal recursos extra da ordem de R$ 4 bilhões ou R$ 5 bilhões por ano.
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