Rádio Câmara

Painel Eletrônico

Deputados avaliam futuro do programa Mais Médicos diante do fim da parceria com Cuba

20/11/2018 - 08h56

  • Deputados avaliam futuro do programa Mais Médicos diante do fim da parceria com Cuba (bloco 1)

  • Deputados avaliam futuro do programa Mais Médicos diante do fim da parceria com Cuba (bloco 2)

Depois de quase cinco anos, chega ao fim a participação de Cuba no programa Mais Médicos, que trouxe estrangeiros para atuarem no país, onde há escassez desses profissionais.

As regras do programa, de iniciativa da ex-presidente Dilma Rousseff, foram questionadas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, que vai exigir que os médicos façam a prova de revalidação do diploma – condição imposta a todos que se formem fora do país – e que o pagamento do salário de R$ 11,8 mil seja feito, integralmente, aos médicos cubanos, que atualmente ficam com apenas 70% desse valor.

Diante do posicionamento de Bolsonaro, o governo de Cuba retirou-se do programa. Para falar sobre o assunto, o Painel Eletrônico convidou os deputados Ságuas Moraes (PT-MT), que é a favor do Mais Médicos; e Mandetta (DEM-MS), que fez sugestões, ao presidente eleito, de como substituir o programa. Ouça a íntegra das entrevistas em dois blocos.

Para o deputado Ságuas Moraes, essa decisão vai prejudicar o atendimento médico no interior do país. O deputado defende o Revalida, mas acha que é preciso acreditar em um convênio feito de boa-fé entre Brasil e Cuba. O deputado também afirma que a falta de estrutura dos postos de saúde no interior e o baixo salário oferecido pelo governo para o Mais Médicos, não atraem profissionais brasileiros para o programa. Por isso, segundo o parlamentar, dificilmente o governo conseguirá repor os médicos cubanos que estão deixando o Brasil. Para Ságuas Moraes, a solução para o problema seria a criação da carreira médica, defendida pelo Conselho Federal de Medicina, com o envio de médicos recém-formados para o interior do País nos primeiros anos de carreira.

Já o deputado Mandetta concorda que o Estado deve prover a estrutura necessária para atrair o médico e outros profissionais para o interior do Brasil e que os parlamentares devem discutir na Câmara uma proposta duradoura e sem improvisos. Segundo ele, a carreira médica, reivindicação antiga da classe, já está em tramitação na Câmara há dez anos e precisa ser colocada de novo em discussão como solução para a interiorização médica. Na entrevista, Mandetta não confirmou ter sido convidado para ser ministro da Saúde do futuro governo Bolsonaro.

Apresentação - Edson Junior e Elisabel Ferriche

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