Rádio Câmara

A proposta de revisão da meta fiscal deste ano chegou ao Congresso e já divide opiniões. O projeto aumenta a meta fiscal de 2017 e 2018 para déficit de R$ 159 bilhões. O valor previsto, hoje, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, é de déficits de R$ 139 bilhões e de R$ 129 bilhões, respectivamente.

Para debater esses e outros números, o Com a Palavra convidou o vice-líder da minoria na Câmara, deputado Sílvio Costa, do PTdoB de Pernambuco; e o vice-líder do governo, deputado Darcísio Perondi, do PMDB do Rio Grande do Sul.

Para o deputado Silvio Costa, a revisão da meta é a consequência da "farra com o dinheiro público", com o pagamento de R$ 25 bilhões em emendas para consolidar a base do governo no Congresso Nacional.

Já o deputado Darcísio Perondi considera "fraco" o discurso de Silvio Costa um dos grandes beneficiados com emendas aprovadas. Segundo Perondi, a revisão da meta fiscal não se deu por aumento de gastos públicos, como ocorreu no governo Dilma Rousseff, mas sim por uma substancial queda das receitas previstas para 2017 e 2018, o que prejudicou as contas do governo.

Os dois deputados, porém, concordaram em um ponto: a necessidade de colocar em discussão e votação a reforma fiscal para equilibrar o sistema tributário brasileiro, segundo eles, o mais injusto do mundo.