Rádio Câmara

Depois de muita discussão, o relatório da reforma trabalhista vai ser apresentado, hoje (12), na comissão especial que analisa o tema. O relator, deputado Rogério Marinho, do PSDB do Rio Grande do Norte, informou que vai mexer em cem artigos da Consolidação das Leis do Trabalho.

A proposta vai dar força de lei aos acordos coletivos negociados entre empresas e trabalhadores em vários pontos. Entre eles, o que permite que sindicatos e empresas negociem jornadas de até doze horas diárias, desde que o limite de 48 horas semanais seja respeitado.

O reator também vai manter a regulação do trabalho intermitente e o fim da obrigatoriedade do imposto sindical.

Para comentar pontos da reforma trabalhista, o Com a Palavra convidou o presidente da comissão especial, deputado Daniel Vilela, do PMDB de Goiás. Ele disse estar otimista em relação à proposta que vai adaptar a CLT, de 1943, ao mercado de trabalho atual. Daniel Vilela garantiu que a reforma trabalhista não pretende tirar direitos do trabalhador e que a negociação coletiva contribuirá para reduzir os conflitos na Justiça do Trabalho.

O deputado Daniel Vilela também comentou, na entrevista, a lista do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, divulgada ontem, com nomes de 108 políticos e autoridades que passarão a ser investigados. O deputado, que teve seu nome citado, disse que desconhece os autores das denúncias, que está tranquilo e que vai se manifestar no momento adequado.