Rádio Câmara

Os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que compõem o Brics, assinaram acordo que cria o novo Banco de Desenvolvimento (NBD), cujo objetivo será o financiamento de projetos de infraestrutura dos países membros.

A nova instituição financeira foi formalizada após dois anos de negociações e é a primeira ação concreta das reuniões de cúpula do Brics. Apesar da demora no fechamento de acordos, o grupo tem sido uma articulação geopolítica relevante no cenário mundial. Analistas preveem que, em 2015, os Brics serão responsáveis por cerca de um quarto do Pib mundial e poderão vir a ser as potências globais de 2050.

Paralelo ao encontro dos chefes de estado do Brics, representantes da sociedade civil organizada dos cinco países que compõem o grupo realizaram um evento para discutir as implicações sociais da consolidação do bloco no sistema internacional e em suas populações.

Para discutir o assunto, o Com a Palavra entrevistou a coordenadora da Assessoria Política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Nathalie Beghin, que acompanhou de perto o debate dos movimentos sociais na VI Cúpula dos Brics. Segundo ela, apesar da importância dos acordos firmados e da consolidação do grupo no cenário econômico mundial, os países do bloco ainda têm dificuldade em transformar as riquezas em ganhos sociais para suas populações.