Economia

Turismo regional pode ajudar a contornar crise econômica do semiárido

27/08/2015 - 20:05  

O turismo regional pode ajudar a contornar a crise econômica do semiárido, segundo avaliação de representantes do governo e de deputados que participaram nesta quinta-feira (27) de audiência pública na Câmara. A reunião foi realizada pela comissão externa que acompanha as ações dos governos federal, estaduais e municipais em contrapartida à seca nordestina.

O diretor do Departamento de Produtos e Destinos do Ministério do Turismo, Wilken Souto, ressaltou que existem hoje 303 regiões turísticas no País, que contemplam 345 municípios, alguns dos quais se situam no bioma semiárido.

Souto disse que alguns destinos propiciam experiências inusitadas ao turista, enquanto outros podem fornecer produtos artesanais e agropecuários. O objetivo, segundo ele, é conectar esses espaços.

"Essas comunidades podem desenvolver algumas competências em relação a receber os turistas para uma experiência inusitada, dentro de uma paisagem de semiárido, e proporcionar experiências únicas para eles. Além de vivências e lazer, podem apresentar sua alimentação, sua gastronomia, visitas a sua produção, mostrar como é produzido, como é feita a extração de alguns alimentos”, afirmou Wilken Souto.

O deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE) ressaltou que, apesar de ser polo turístico, o semiárido e suas atrações precisam ser mais divulgados. Ele citou opções de turismo como as festas religiosas, os passeios às vinícolas no Vale do São Francisco, o sítio arqueológico do Vale do Catimbau e visitas a cachoeiras.

“Mesmo no semiárido, com toda a falta de infraestrutura, nós temos o turismo religioso, de sítios arqueológicos e de vinícolas no vale do São Francisco”, lembrou Côrte Real.

Abrangência do semiárido
Já para a deputada Raquel Muniz (PSC-MG), é preciso reavaliar a abrangência do semiárido para incluir municípios do norte de Minas Gerais.

“Há uma luta nossa para incluir alguns municípios no conceito de semiárido, inclusive foi ponto de conversa com o ministro Gilberto Occhi [Integração Nacional]. Sofremos porque, muitas vezes, o norte de Minas fica fora de alguns benefícios da energia e do próprio Fies, que escolhe o Nordeste como região prioritária”, afirmou a deputada.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Pierre Triboli

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