Economia

Ministro quer garantir regularidade de voos regionais e fidelizar passageiros

11/06/2015 - 00:05  

O programa do governo de aviação civil, especialmente o do setor regional, deixou otimistas parlamentares das comissões de Turismo e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, que realizaram audiência conjunta, nesta quarta-feira (10), para ouvir o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.

Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
Audiência conjunta das comissões de Turismo (CTUR) e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) para discutir os planos e programas da Secretaria de Aviação Civil para o ano de 2015. Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha
Eliseu Padilha: o governo vai subsidiar os aeroportos regionais da Amazônia Legal.

O ministro detalhou parte do pacote de concessões para reanimar economia, anunciado na terça-feira pela presidente Dilma Rousseff. No setor de transporte aéreo, o que mais chamou a atenção dos deputados foi o programa, com início previsto para o segundo semestre, que pretende colocar em operação 270 aeroportos regionais. Hoje 80 desses aeroportos estão operando.

Segundo o ministro, o aeroporto regional é indutor de crescimento e o governo pretende, com a ampliação da malha, fortalecer o turismo, garantir o acesso de comunidades da Amazônia Legal à saúde e à inclusão social, além do desenvolvimento dos polos regionais.

Subsídio
O ministro Eliseu Padilha ressaltou que o governo vai subsidiar os aeroportos regionais, com prioridade para a Amazônia Legal.

Outras 60 localidades fora da região também serão contempladas, como os municípios de Alto Paraíso, em Goiás; Bonito, no Mato Grosso do Sul; Jericoacoara, no Ceará; e Ouro Preto, em Minas Gerais.

O objetivo é garantir a regularidade dos voos e fidelizar passageiros, conforme destaca Eliseu Padilha. "Como não tem a regularidade do voo, as pessoas não se habituam a viajar de avião. Como as pessoas não se habituam a viajar de avião, a companhia aérea começa a ter desestímulo para operação, porque elas buscam resultado positivo. Ninguém anda procurando prejuízo. Na medida em que começa a se ter prejuízo, ela começa a dar sinais de pode deixar de operar. É o caso de alguns aeroportos, municípios da Amazônia e é em cima disso que nós estamos trabalhando prioritariamente."

A presidente da Comissão de Integração Nacional, deputada Júlia Marinho (PSC-PA), ressaltou que o transporte aéreo é essencial, inclusive para a sobrevivência da população da Amazônia, por conta das distâncias. "Queremos acreditar na realização dessas ampliações, dessas reformas, da conclusão de todo esse projeto."

Para o presidente da Comissão de Turismo, Alex Manente (PPS-SP), além da Amazônia, é importante também que outras regiões sejam incluídas no plano. "Olhando pelo aspecto de turismo, com todas as potencialidades possíveis, desde o sol, mar, beleza natural, recursos naturais, históricos, patrimoniais, todos os estados têm várias cidades com potencial turístico. Então, nós precisamos que se desenvolva por meio da aviação que é a chegada mais rápida a esses pontos."

Infraero
Outra novidade anunciada é a reestruturação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Será implementado um programa de demissão voluntária e criadas duas subsidiárias: a Infraero Participações e a Infraero Serviços. A Infraero Serviços terá como parceiro a alemã Fraport, que opera os aeroportos de Frankfurt, Lima (Peru), Nova Délhi (Índia) e St. Peterburgo, na Rússia.

Reportagem - Idhelene Macedo
Edição – Regina Céli Assumpção

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