Cidades e transportes

Deputada questiona número reduzido de cadeirantes em voos

10/08/2011 - 19:55  

A deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) questionou, durante audiência sobre direitos da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no transporte aéreo, como os aeroportos vão receber centenas de atletas que virão ao Brasil para disputar as Olimpíadas de 2016, se resolução da Agência Nacional de Aviação Aérea (Anac) prevê que o número de cadeirante por aeronave deve obedecer a um limite de 50% dos tripulantes e da cabine. Em média os voos têm seis tripulantes.

O superintendente de segurança operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), David da Costa Faria Neto, explicou na audiência promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias que esse limite foi fixado por segurança operacional.

Além de Rosinha da Adefal, os deputados cadeirantes, Walter Tosta (PMN-MG), autor do requerimento da audiência, e Mara Gabrilli (PSDB-SP), relataram durante audiência vários problemas enfrentados pelos deficientes nos aeroportos. Eles citaram dificuldades e constrangimentos no embarque e desembarque de passageiros, nos banheiros das aeronaves, com o extravio de cadeiras de roda, problemas na revista, e até o caso de um passageiro cego que foi proibido de entrar na aeronave com cão guia.

Revisão de resolução
David Faria Neto anunciou que a Anac está em processo de revisão da resolução número 9, de 2007, que trata do atendimento a pessoas com deficiência nos aeroportos. Segundo ele, o objetivo é melhorar as condições de transporte dos passageiros que necessitam de cuidados especiais. Ele ressaltou que a agência tem atuado de forma firme na fiscalização e que de 2007 até hoje já foram feitas 142 autuações nos órgãos de administração aeroportuária e 123 nas empresas aéreas.

A audiência já se encerrou.

Reportagem – José Carlos Oliveira/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção

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